A Didimo é uma startup portuguesa do Porto conhecida por criar versões digitais de humanos de alta-fidelidade, que acabou de obter a patente “Electronic Messaging Utilizing Animatable 3D Models” pelo organismo americano, United States Patent and Trademark Office (USPTO).
Os didimos, avatares digitais desenvolvidos pela empresa, podem ser criados por qualquer pessoa, a partir de uma fotografia, vídeo ou scan, em apenas 90 segundos. A nova patente atribuída consiste num método inovador que permite comprimir, distribuir e fornecer animações detalhadas destes avatares 3D, através da redução da quantidade de dados necessários.
Verónica Orvalho, fundadora e CEO da empresa, explica em comunicado que “esta patente é um passo inovador que nos aproxima não só da digitalização e distribuição do nosso humano digital, mas também da forma como este é construído, possibilitando que as semelhanças físicas sejam notórias e que seja possível construir mundos digitais complexos e até com populações”. O diretor de produto, Russell Hall, vai mais além e afirma no mesmo comunicado que com esta patente têm “a oportunidade de construir algoritmos de compressão que são importantes para o metaverse” pois, até então, “a animação facial do mundo digital obrigava a um uso extremo de dados que acabava por saturar até as melhores ligações 5G”.
Esta é a terceira patente atribuída à startup e os desenvolvimentos nos algoritmos gerados através dela já mostraram que é possível poupar 97% nos dados exigidos a cada utilizador, sem que haja perda de qualidade ou latência. Além disso, Jim Frazen, diretor de marketing e de desenvolvimento de negócio destaca em comunicado outras vantagens desta inovação para os consumidores da Didimo como, por exemplo, a possibilidade de “fornecer ferramentas essenciais aos nossos clientes, para que estes continuem a ter uma vantagem competitiva no mercado, construindo novos mundos”.
Entre os clientes da Didimo estão empresas nos setores de gaming, moda, comunicação e realidade virtual.