A alternativa “redução natural orgânica” acaba de ser aprovada como uma opção para o pós-vida no estado do Oregon. A alternativa mais sustentável pode agora ser escolhida por quem faleça naquele estado, depois de a governadora Katie Brown ter promulgado a proposta apresentada pela representante democrata Pam Marsh. A patrocinadora da proposta explica que “é atrativa, certamente não para todos, mas muitos de nós pensamos nas formas como a nossa pegada na Terra irá continuar depois de terminar a vida”.
Os fins que atualmente se dão ao corpo humano depois do falecimento têm bastante impacto no ambiente: o enterro tradicional, que implica um corpo embalsamado com formaldeído a ser colocado no solo dentro de um caixão, acaba por resultar no lançamento de toxinas para as redondezas; a cremação consome bastante energia e emite gases poluentes, contribuindo para o aquecimento global, lembra o Vice.
Nos EUA, a Recompose é uma funerária especializada em compostagem humana. O processo passa por colocar um corpo dentro de um cilindro com matérias naturais, como pedaços de madeira, plantas e palha e que depois é aquecido e virado durante várias semanas. No final desse período, o corpo acaba por transformar-se em solo rico em nutrientes que pode ser entregue à família ou usado para plantações.
Em 1998, surgiu a tendência dos ‘Enterros Verdes’, em que o corpo é preparado sem químicos e plantado num caixão biodegradável. Agora, a compostagem humana tem vindo a ganhar mais adeptos e deve começar a ser aprovada em mais locais.
No Oregon, a opção pode ser escolhida a partir de julho de 2022. As primeiras aprovações da compostagem de corpos humanos surgiram em Washington, em 2019, e depois no Colorado, em maio deste ano.