As trocas de acusações entre Apple e Facebook têm sido públicas. A má relação entre as duas empresas atingiu um novo pico depois de Tim Cook, presidente executivo da Apple, ter criticado, sem nunca mencionar diretamente o Facebook, os algoritmos que não olham a meios para atingir os fins. O que aconteceu pouco tempo depois de o Facebook ter usado páginas de publicidade em jornais americanos para acusar a Apple de estar a limitar a liberdade e a atacar os pequenos negócios. O que, por sua vez, foi uma reação à Apple ter anunciado que iria, no iOS 14.5, permitir que os utilizadores limitassem o rastreamento das apps, com destaque para o Facebook.
Mas a troca de galhardetes não é nova. Já em 2018, numa entrevista televisiva, Tim Cook disse que nunca estaria na situação de Mark Zuckerberg quando questionado sobre políticas de rastreamento de dados relacionadas com o caso Cambridge Analytica. O que terá levado o líder do Facebook a criticar, dentro da empresa, o que considerou terem sido declarações “nada alinhadas com a verdade”.
De acordo com o Wall Street Journal, Zuckerberg terá mesmo dito acolaboradores próximos “precisamos de infligir dor” dirigindo-se a Tim Cook. O líder do Facebook não estará satisfeito com a dependência que tem da Apple e terá acusado de Cook de cinismo lembrando, que a Apple aceitou regras poucas democráticas impostas pelas autoridades chinesas para permanecer naquele mercado.
Tudo parece indicar que a animosidade entre os dois líderes não deverá diminuir nos próximos tempos tais são as diferenças de opinião que os separam. Esperemos por cenas dos próximos capítulos, mas será difícil acreditar que, como garantem alguns rumores, a Apple vá retirar o Facebook da Apple Store ou que o Facebook possa viver sem os utilizadores do iPhone. Ou seja, apesar dos confrontos públicos, as duas empresas estão muito dependentes uma da outra.