O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que a economia portuguesa cresceu 2,1% nos primeiros três meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse resultado foi conseguido essencialmente devido ao comércio e ao alojamento e restauração.
Essas atividades, que o INE junta num só setor, foram responsáveis por 62% da variação homóloga da economia. Isto é, do reforço de 495 milhões de euros do valor acrescentado bruto (VAB) português, 307 milhões vieram dessa área.
O setor apresentou também a maior variação homóloga (3,7%), seguido pela agricultura (3,4%) e energia, água e saneamento (2,1%).
A indústria também cresceu (1,5%), mas a atividade arrefeceu substancialmente em comparação com o trimestre anterior, travando o crescimento da economia portuguesa. “O VAB do ramo da Indústria foi uma das componentes que mais contribuiu para esse abrandamento, passando de uma variação homóloga de 3,5% […] para 1,5%, o que se traduziu em contributos de, respetivamente, 0,4 e 0,2 pontos percentuais”, escreve o INE.
A construção também perdeu ímpeto no arranque do ano. Depois de ter crescido 5,8% no último trimestre de 2017, o setor avançou apenas 0,8% nos primeiros três meses de 2018. Transportes, armazenagem e informação mantiveram o contributo negativo para o crescimento da economia. São a única atividade nessa situação.
A mesma publicação do INE confirma que a economia portuguesa cresceu 2,1% nos primeiros três meses de 2018, o que revela uma desaceleração face aos valores atingidos nos trimestres anteriores.