A Navigator nasceu, como empresa, há pouco tempo, mas acumula uma herança histórica no sector da pasta e do papel que a fez uma líder mundial. Em fevereiro de 2016, o grupo abandonou a denominação de Portucel Soporcel e passou a ser The Navigator Company, adotando como nome a sua marca Navigator. É líder no mercado mundial de papel de escritório premium precisamente com a marca Navigator e é também produtora mundial de papéis de impressão e escrita não revestido e de pasta branqueada de eucalipto.
O objetivo foi dar uma imagem mais moderna e internacional a um dos maiores grupos empresariais portugueses, com vendas para 130 países. Além disso, também se pretendeu unificar as culturas que subsistiam no grupo, fruto de fusões e integrações de empresas desde 1953.
Agora, está a dar gás a investimentos de mais de 200 milhões de euros nas fábricas de Cacia e da Figueira da Foz. Em Cacia deverão ser aplicados 121 milhões de euros (arranque em agosto de 2018). Para a fábrica de pasta da Figueira da Foz estão previstos investimentos de cerca de 85 milhões de euros (em março de 2018 deverão iniciar-se os primeiros testes de produção).
A empresa, liderada por Diogo da Silveira, encerrou 2016 com 217,5 milhões de euros de lucros, mais 10,7% do que em 2015, não obstante um decréscimo de 3,1 % nas vendas, para 1577,4 milhões de euros. É a terceira maior exportadora em Portugal, sendo a que gera o maior valor acrescentado nacional, segundo informação divulgada pela companhia. Representa aproximadamente 1% do produto interno bruto, cerca de 3% das exportações nacionais de bens, perto de 8% do total da carga contentorizada e 7% do total desta carga e da carga convencional exportada pelos portos nacionais. “Durante o ano de 2016, a The Navigator Company atingiu um novo máximo histórico de produção de papel, tendo como volume de negócios cerca de 1,6 mil milhões de euros.”
Em 2017, a generalidade dos colaboradores da empresa irá receber prémios que oscilam, em média, entre os 2,3 e os 2,8 ordenados brutos, com base nos resultados obtidos pela Navigator, seguindo uma politica antiga de partilhar a riqueza com os trabalhadores.
Este artigo é parte integrante da Exame de Junho de 2017