É o novo homem do leme na Nova School of Business & Economics: ao fim de 10 anos de liderança de José Ferreira Machado, é a vez de Daniel Traça, 47 anos, ocupar o lugar de diretor. E não tem dúvidas para onde quer levar a escola: para o grupo das 10 melhores da Europa. Na estratégia delineada, que aposta na qualidade do ensino e na diferenciação, o novo campus de Carcavelos, cujas obras devem arrancar antes do final do ano, é uma pedra base. Em entrevista à EXAME fala sobre a escola, mas também sobre a economia portuguesa. Alerta que não é possível estar sempre a recuar face à maré da globalização e deixa um conselho: “Aprender a nadar e aproveitar a onda.”
Substituiu o professor Ferreira Machado que ocupava o cargo há 10 anos como diretor da Nova SBE. A passagem de testemunho foi preparada?
Sim. A Nova tem um projeto muito ambicioso e esta transição permite-nos fazê-lo de forma mais suave, mantendo-nos fiéis à estratégia, que está delineada a muito longo prazo. Comecei como diretor de programas, depois passei a diretor-adjunto. E disse que tinha interesse, quando abrisse concurso, em concorrer para diretor. Senti que havia apoio dos alunos, dos professores e do pessoal da Nova SBE. Foi aquilo que me fez ter vontade de avançar. Depois houve um processo formal, com abertura de concurso e nomeação pelo conselho de faculdade.
É o primeiro antigo aluno a chegar a diretor. Alguma vez pensou que um dia iria chegar aqui?
Não sei se alguma vez pensei, aliás acho que só comecei a pensar seriamente em chegar a diretor há dois anos. É um marco importante. Sou um produto desta escola. Tudo aquilo que fiz na vida ter saído para o estrangeiro, a visão internacional por que tentei sempre marcar a minha carreira, a ideia de que vamos aos desafios, corremos os riscos e tentamos ser aquilo que conseguirmos passou muito por coisas que aprendi nos bancos desta escola. Acabei o curso, saí para fazer o doutoramento e acabei por ficar 18 anos lá fora. Penso que o sucesso desta escola tem muito a ver com esse ADN e gostava muito de usar o meu mandato para assegurar que esses valores continuarão a ser aqueles que marcam a escola. Sobretudo agora que vamos para o novo campus e haverá uma grande mudança. É fundamental que não afete os valores críticos: rigor, querer fazer sempre mais, querer chegar mais longe e a visão internacional.
Quais são as suas prioridades como diretor? Uma é, com certeza, o novo campus de Carcavelos.
Sim, é a pedra base da estratégia que delineámos.
Como é que está a correr o processo do campus?
As notícias têm sido boas. Estão já angariados mais de 25 milhões de euros, entre contribuições de empresas privadas e de antigos alunos. Os principais financiadores já foram anunciados: Santander Totta, Grupo Jerónimo Martins, Teresa e Alexandre Soares dos Santos, que deram cinco milhões cada.
O orçamento é de 50 milhões de euros. Ainda não têm o montante total?
Ainda não. Este processo vai levar o seu tempo, mas, claramente, estamos acima da nossa meta
Mas o financiamento do projeto está assegurado?
O financiamento está assegurado, o projeto vai andar para a frente. Neste momento, as questões que o prendem são mais de ordem burocrática do que de financiamento. Já temos mais empresas a entrar como patrocinadoras, mas ainda não posso dizer os nomes. O esforço de angariação de fundos vai continuar muito além do lançamento do concurso para a obra. Agora, a organização financeira que permitirá ao projeto avançar está já em fase de conclusão. E envolverá não só os patrocinadores que já estão alinhados, como outros patrocinadores que ainda irão chegar e um empréstimo ponte (bridge loan) no meio (do projeto) para nos permitir começar a funcionar.
Para esse empréstimo, tinha-se falado no Banco Europeu de Investimento…
Ainda há questões burocráticas para resolver, mas continua a fazer parte do plano.
Qual a dimensão do empréstimo?
Depende do que faltar na altura. Vamos tentar que seja tão pequeno quanto possível. Tinha ficado planeado ser mais de 20 milhões de euros, que depois seriam pagos com as entradas de dinheiro dos doadores. Mas com os compromissos que já temos, pode não ser necessário tanto.
E como está a questão do terreno em Carcavelos?
Está resolvida. Tivemos um enorme apoio da Câmara Municipal de Cascais. Além do terreno, a câmara disponibiliza cinco milhões de euros em materiais e serviços de apoio à obra. É um apoio fundamental.
Quando começam as obras?
A expectativa é que seja lançado o concurso para a empreitada no segundo semestre e que antes do fim do ano as obras estejam prontas para arrancar. A ideia é que sejam dois anos de construção e que, portanto, no final de 2017 estejam concluídas.
O novo campus tem outras exigências para a escola?
O projeto exige que transformemos a forma como trabalhamos com as empresas, os antigos alunos e a comunidade e como nos organizamos internamente.
Por exemplo, com as empresas. Já visitámos mais de 100 presidentes executivos. Para nós é fundamental perceber o que é as empresas precisam na lógica do talento, da visão internacional e do conhecimento e como é que podemos criar parcerias com elas, em que as ajudamos nestas dimensões e elas se tornam nossas parceiras no campus. Essa é a transformação mais importante, que estamos a conseguir fazer, e é a base do nosso sucesso na angariação de fundos. O mesmo se passa com os antigos alunos. O trabalho não é ir pedir-lhes dinheiro, mas envolvê-los para criar uma escola em que eles contribuem para o campus, mas também de muitas outras formas: vêm trabalhar com os alunos, participam nos cursos e recebem os alunos nas suas empresas. Ver este projeto com uma lógica de ‘Nova está à procura de 50 milhões para construir cimento ao pé da praia’ é não perceber o que isto significa fundamentalmente para a escola. E significa criar uma faculdade dentro do tecido de todas as empresas e antigos alunos que quer servir e, portanto, quando lhes vai pedir para contribuírem para este campus, eles contribuem, porque irão receber de volta.
É, contudo, um investimento significativo. Não teme que possa ser um passo demasiado grande?
Se não tivesse receios quanto a um projeto destes seria inconsciente. É evidente que tem riscos. Mas esses riscos estão calculados tanto quanto possível. Para nós, a questão mais importante que se colocou foi: ‘e se não fizermos isto?’.
A que resposta chegaram?
O campus é um pilar para a ambição desta escola. É um pilar de diferenciação internacional, que passa pelo estilo de vida, com a ligação a Carcavelos, à praia e à vida dos jovens. Outro pilar passa pela continuação da nossa excelência, qualidade e rigor do ensino. E um terceiro passa pela ligação internacional a países como Angola, Moçambique e Brasil. A conjugação destes pilares faz com que que não seja fácil qualquer outra escola na Europa fazer o mesmo que nós. Hoje, o sucesso na globalização passa sempre por estes dois vetores: ser-se bom e ser-se diferente. Quando se é bom mas não se é diferente, é demasiado fácil imitar. Sobre estes pilares vamos tentar erguer uma escola com uma ambição maior do que a que tem hoje. E que é estar entre as 15 ou mesmo as 10 melhores da Europa.
É uma meta ambiciosa…
Com Bolonha e a consolidação que vai haver no mercado europeu do ensino superior, há escolas que se tornarão de referência e outras que se tornarão de segunda a nível europeu. Se não houver em Portugal escolas com a ambição de ir para o primeiro nível, os bons alunos irão todos fazer programas de mestrado lá fora. Hoje há uma preocupação de perda de talento por causa da crise. Muito pior será essa preocupação, porque as melhores escolas não estarão em Portugal.
Qual é, então, a receita?
Portugal tem de ter a ambição de ter algumas universidades de topo para conseguir atrair talento para o país, que é o que define o sucesso de uma economia no mundo de hoje. Sem talento não há desenvolvimento económico na sociedade do conhecimento.
Londres é só isso: os melhores do sector financeiro vão para Londres e, portanto, os bancos têm de estar em Londres. Silicon Valley é só isso: as empresas vão para lá porque o talento está lá. Portanto, temos de ter capacidade para não só fixar aqui os melhores alunos portugueses como também atrair bons alunos e professores pela Europa.
Decidiram avançar com o novo campus numa altura de crise em Portugal. Porque é que não esperaram?
Quando há uma grande mudança e Bolonha significou essa mudança para o ensino superior, o mercado abre e há espaço para novos atores entrarem, com estratégias de diferenciação e de qualidade. Mas quando as melhores universidades ficarem esclarecidas, vai ser muito mais difícil entrar nesse grupo. Por isso é que decidimos não esperar, avançar rápido e correr os riscos, porque esta mexida no terreno competitivo na Europa está a acontecer agora. Em suma, o risco de nada fazer era tornarmo-nos insignificantes e perdermos a capacidade de atrair para a economia portuguesa o talento que é preciso.
Quais são as outras prioridades do seu mandato?
Para o sucesso do campus é preciso dar grande força à escola. O que passa pela atração de alunos internacionais, onde temos tido bastante sucesso. O número de candidaturas internacionais aos nossos mestrados tem subido 30% todos os anos.
Qual é, nesta altura, a parcela de alunos estrangeiros?
Nos mestrados, onde temos cerca de 900 alunos, mais de 35% são estrangeiros. Temos o objetivo de chegar a 40%. As nacionalidades mais representadas são a alemã e a italiana. Este sucesso junto dos alunos estrangeiros tem sido baseado, sobretudo, no passa a palavra. Os alunos vêm, gostam, dizem aos amigos, que depois também vêm. Temos de ir além disto, do ponto de vista do marketing. Até porque a passagem para Carcavelos implica um aumento do número total de alunos dos atuais 2500 para 3500, com muitos alunos internacionais.
Quais são as restantes?
Outra prioridade é a ligação com as empresas e os antigos alunos. E uma terceira passa pelos países que falam português, no sentido de organizar os nossos esforços para termos uma estratégia clara, em que a Nova se torne relevante para o mundo como escola líder no conhecimento e formação nessas econo mias. Países como Angola, onde temos uma parceria e fazemos algumas atividades, sobretudo de formação de executivos, com alguns professores que vão lá. Também Moçambique, onde temos feito muito trabalho de investigação e organizado conferências, e o Brasil, onde temos uma parceria com a Fundação Getúlio Vargas. A nossa força de diferenciação, além do estilo de vida associado ao campus, pode ser a nossa herança histórica com esses países que falam português, grandes economias com as quais temos uma relação forte.
Recomenda aos estudantes portugueses que procurem ter experiências internacionais. Não teme a fuga dos melhores talentos? Olhando para o seu exemplo, já foi um desses jovens que saiu para fora, mas acabou por voltar a Portugal.
O meu e de outros. Temos de perceber a lógica da globalização. Se abordarmos a globalização numa lógica defensiva, não teremos sucesso. Temos de conseguir que os nossos jovens tenham um percurso internacional, para crescerem e se desenvolverem. Alguns vão para fora e ficarão por lá, outros regressarão, alguns falarão sobre Portugal a outras pessoas, que acabarão por vir. Alguns estrangeiros que vêm fazer os nossos programas ficarão por cá, outros regressarão aos seus países, e alguns irão concluir que gostam mais de estar em Portugal e voltarão. Vejo as coisas com esta lógica de placa giratória. Agora, se quisermos defender as coisas como estão, vamos estar sempre a lutar contra uma maré enorme, que vai estar sempre a empurrar. E vamos estar sempre a recuar para tentar conter a água.
O que fazer então?
O que temos de fazer é aprender a nadar, deixar a maré entrar e aproveitar a onda para tirar partido da maré. A transformação que é preciso fazer em Portugal passa muito por aí. É essa a minha mensagem para os jovens: saiam, aprendam, percebam. Mesmo que os jovens saiam e não voltem, que direito temos de lhes dizer para não o fazerem quando têm oportunidades lá fora? Não faz sentido. Temos é de ser capazes de transformar o país, para que esses jovens tenham vontade de voltar. Há dois exemplos muito interessantes, a Irlanda e a Índia. São países que tiveram uma saída enorme de talento, mas, quando deram a volta à sua economia, muito desse talento voltou.
Mas estes anos de crise ficaram marcados por uma saída muito mais intensa de jovens qualificados em que o país investiu. Não é preocupante?
Negar as dificuldades enormes que o país sentiu nos últimos três anos não faz qualquer sentido. E num mundo globalizado quando os países sentem dificuldades, as pessoas vão à procura das oportunidades. Esta é a realidade. Por isso interessame muito mais perceber como é que criamos um país e uma economia que torne interessante a essas pessoas voltarem. Acho que se conseguirmos transformar a nossa economia e atrair de volta aqueles que saem e ganham experiência lá fora e estamos nesse processo, o que vamos beneficiar com essa placa giratória de talento é fundamental para o que a economia portuguesa quer ser no futuro.
Como é que se faz essa transformação do país e da economia? Diz que estamos nesse processo…
Há um processo em que a primeira parte foi tentar resolver as questões da crise. E para a frente acho que o debate está lançado. Nesse aspeto, de repente, a política tornouse mais interessante, tornouse uma política de substância e de debates de propostas, o que é muito interessante.
Está a falar do relatório dos economistas do PS. Elevou o debate político?
Acho que trouxe ideias. É interessante estarmos a falar sobre ideias, é certamente mais interessante do que aquilo de que se falava até agora. Era só espuma, durava três segundos e desaparecia. Debater as propostas que estão no relatório e vai, com certeza, haver contrapropostas faz mais sentido para construir o país que se quer para a frente. Estejase ou não de acordo.
E que país quer para a frente?
Volto à mesma ideia: é fundamental perceber que qualquer lógica de tentarmos proteger-nos de uma maré enorme, que é a maré da globalização, terá pouco sucesso. É mais interessante perceber as tendências que vêm de fora e ajustarmo-nos a elas. Isso implica economias flexíveis, com grande capacidade de empreendedorismo e de inovação e que se preocupam muito com a sua competitividade e capacidade de atrair investimento e empresas estrangeiras. É preciso pôr estas questões de competitividade, inovação e flexibilidade no centro da agenda e não tentarmos manter aquilo que era, porque o país que era dificilmente o poderá voltar a ser.
Como é que vê o futuro de Portugal?
Este país vai ser algo de muito interessante; acho que Portugal tem imenso potencial vejo o talento nos bancos da minha escola e o país tem fatores de diferenciação que são únicos, entre os quais aqueles em que estamos a apostar. E, nos últimos anos, o sector privado em Portugal mostrou um enorme dinamismo, que muitos de nós não estávamos à espera. Um exemplo é o crescimento das exportações. Mais do que tudo, são estas coisas que contam. O dinamismo das empresas e da sociedade civil é que é o motor do crescimento.
Quando fala numa economia flexível, refere-se ao mercado de trabalho?
Não quero ser político, não acho que seja a minha função, mas cada um de nós tem de perceber que num mundo que todos os dias muda é esse o mundo em que vivemos, aquilo que hoje temos, o mercado pode fazer mudar rapidamente. A flexibilidade, mais do que legal ou laboral, exige que nos estejamos sempre a preparar e percebamos que temos de ter a capacidade de reagir, porque a segurança que existia no passado não existe hoje. O que se passa em Portugal, mais do que um debate político, é o debate de uma sociedade que se está a ajustar aos poucos a uma realidade da qual se conseguiu proteger durante anos. Este debate é político, mas é muito mais de sociedade.
O que é que está em causa?
Temos de perceber as forças da economia mundial, como é que nos ajustamos a elas e asseguramos que é dado apoio a todos aqueles que precisam há muitas pessoas que têm imensa dificuldade em lidar com esta realidade. Mas do lado das pessoas também é preciso que percebam que têm de fazer a sua parte. É um debate para uma economia portuguesa que é fundamentalmente diferente, que é capaz de manter a sua estabilidade e defender as pessoas, mas, ao mesmo tempo, assegurar a sua competitividade no mundo.
Numa altura em que se têm levantado tantas questões de governação em grandes empresas em Portugal, como analisa o papel das escolas de gestão e da Nova em particular?
Tanto a nível de mestrado como de licenciatura temos feito um esforço em trabalhar com os alunos sobre isso. Nomeadamente, criámos uma cadeira, chamada Comunicação, Liderança e Ética, que é um espaço de reflexão. A ideia é pôr os alunos perante situações que os façam refletir e conhecer toda essa realidade. E todas as escolas reagiram para tentar fazer esta reflexão. Acho que esta pressão subsistirá. Numa altura em que houve muito dinheiro em Portugal, houve muita tentação, e hoje, como há muito menos, acho que há mais rigor. As pessoas estão conscientes daquilo que se passa. E não há tanta capacidade para esconder as coisas, porque as pessoas estão mais interventivas. Também acho que devemos olhar para estes casos tentando resolvê-los e, sobretudo, que não se repitam, mas não vale a pena entrar em histerias e achar que o país é todo assim.
O que falhou na gestão em Portugal? Tem-se falado muito da ética nos negócios…
Mas não houve também questões de ética nos outros países todos? Em Inglaterra, nos Estados Unidos, por todo o lado.
Podemos apontar falhas também às escolas de gestão a nível global?
Podemos apontar algumas falhas às escolas de gestão e aos seres humanos, porque fazem esse tipo de coisas. O mundo hoje muda muito depressa, a capacidade de inovação é enorme, e, portanto, estamos sempre a correr um pouco atrás de problemas. Mais importante do que fazer processos de intenções além das pessoas que cometeram crimes e que têm de sofrer as sanções é preciso perceber como é que podemos criar instituições que nos assegurem que estes abusos que aconteceram nos últimos anos em Portugal e pelo mundo fora não se voltarão a verificar. Sem com isso matarmos a capacidade de criação e de inovação, porque a maior parte das pessoas é honesta, trabalhadora e tenta fazer coisas que acha que criam valor. O risco é dizer que são todos malfeitores e ninguém pode fazer nada. E ficarmos com uma sociedade monolítica. É preciso pagar o preço de uma sociedade que inova, corre riscos e cria oportunidades para as pessoas. Algumas abusarão dessas oportunidades, teremos de atuar. Mas sem fazer um processo, que é o que sinto um bocadinho, em que parece que toda a economia portuguesa é feita de vilões e de pessoas sem escrúpulos. Não é. A maior parte dos portugueses que está nos negócios tenta fazer o melhor pelas suas empresas e temos de a saudar.
BI
Nome
Daniel Abel Monteiro Palhares Traça
Vida
Nasceu em Coimbra, filho de mãe moçambicana e pai angolano. Fez 48 anos no passado dia 23 de julho. Tem dois filhos.
Carreira
É o primeiro antigo aluno da Nova School of Business & Economics (antiga Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa) a chegar a diretor da escola, cargo que ocupa desde abril. Licenciou-se em Economia, pela Nova, em 1990 e saiu para o estrangeiro, ficando 18 anos lá fora. Fez o mestrado e o doutoramento em Economia na Columbia University, em Nova Iorque (Estados Unidos), lecionou e foi diretor do programa de MBA na Solvay Business School, da Université Libre de Belgique (Bélgica), e foi professor no INSEAD, em França, e também no polo de Singapura. Regressou a Portugal e à Nova SBE, onde foi diretor de programas e diretor-adjunto até chegar a diretor. Com mandato até 2018, vai conduzir a mudança da escola para o novo campus de Carcavelos. Desde 2013 é ainda administrador não executivo da Caixa Geral de Depósitos.
Fazer as coisas acontecer
Na sua vida, tem aliado a investigação e a carreira académica com o gosto por fazer as coisas acontecer. Gosta de “pôr mãos ao trabalho”. É apreciado pelos alunos e em 2011 foi eleito o melhor professor do Lisbon MBA (parceria entre a Universidade Nova e a Universidade Católica).
Este artigo é parte integrante da edição de junho da Revista EXAME