No início era a rolha. Hoje a cortiça está a conquistar o mundo. Desde os sectores mais tradicionais aos mais tecnologicamente avançados, a cortiça é sinónimo de inovação.
Esta história de um novo sucesso tem apenas 10 anos.
Numa década a cortiça reinventou-se. Por necessidade. Por causa da concorrência. O primeiro agradecimento tem de ser para a indústria de vedantes de plástico e ao fortíssimo lóbi que desenvolveram em todo o mundo contra as rolhas de cortiça. O impacto desta comunicação negra contra a cortiça foi enorme, de tal modo que poderia ter destruído um sector da economia nacional e com ele colocar em risco um importantíssimo património que é a floresta de sobro. Não o fez. Obrigou sim a investimentos importantes em qualidade e inovação que tornaram a cortiça mais forte. O segundo agradecimento, não menos importante, tem de ser para os empresários da cortiça que souberam antes de tudo reinventar-se a si próprios. Houvesse em muitos sectores portugueses empresários desta qualidade e teríamos uma economia muito mais forte.
A cortiça faz parte da nossa cultura, faz parte das nossas vidas e tem que fazer parte do nosso futuro. É por isso que a Exame decidiu dedicar esta edição à cortiça. E não existe melhor maneira de a homenagear do que poder fazer parte desta onda de inovação. A Exame apresenta com esta edição a estreia mundial da cortiça como capa de uma revista. Um projeto ambicioso que nasceu no seio da redação e que ganhou vida com os importantes apoios que tivemos. Sem o patrocínio da Apcor, da Meo, e do Santander Totta e os apoios da AON, da Bureau Veritas, da Leaseplan e do Portugal Sou Eu, não teria sido possível tornar este projeto uma realidade.
No início era a rolha. Amanhã o mundo!
Este artigo é parte integrante da edição de maio da Revista EXAME