40 segundos
Enquanto estiver a ler o primeiro parágrafo desta crónica, uma pessoa suicidou-se. Ocorre um suicídio a cada 40 segundos
O "efeito Biles" ou como a saúde mental ganhou os Jogos de Paris
Os preconceitos com as doenças mentais foram combatidos em cada acrobacia, tiro, mergulho, sprint. E a equipa vencedora fomos todos nós, quase 2 mil milhões e quem está nos arredores, que lidamos com a doença mental
Saúde mental ocupacional: É o trabalho que provoca doença (mental), ou é a saúde mental que dá trabalho?
Ao aceitarmos o nexo causal do burnout como sendo de “um empenhado trabalhador”, conseguimos despi-lo do preconceito e discriminação que tapa os doentes mentais até ao pescoço
Porque nos causa espanto o suicídio de humoristas?
Ainda hoje sociedade e media se guiam pela cartilha do segredo. As teses “científicas” de que falar sobre o suicídio e noticiar suicidas gera um efeito mímico e crescimento suicidário, são ridículas mas só agora começam a ser desmontadas. Porventura acham que alguém precisa de manual de instruções para se matar? Ou que, sem que esteja mergulhado num sofrimento excruciante, insuportável, sem vislumbre de saída, alguém decide desistir da vida porque viu nas notícias?
Mind the gap. O impacto da desigualdade de género na saúde mental das mulheres
No início do século XIX feminizou-se a loucura. Em 2001 a OMS reconheceu o impacto da discriminação social de género na saúde e na doença mental. Em 2023, fazem-se contas e faltam 300 anos para alcançarmos a igualdade de género. Isto não é de loucos?
Burnout num ambiente laboral incendiário, sem extintores e cheio de pirómanos
O burnout ocupacional foi exacerbado pela pandemia mas é pré-pandémico, está associado a cerca de 1 milhão de mortes anuais, custa milhares de milhões a empresas e Estados, deu origem à Great Resignation de 2021 e junta-se incendiariamente à crise de saúde mental global para dar transparência ao óbvio: a forma como trabalhamos é insustentável
Christmas Blues: Quando o Natal é a época mais stressante, depressiva e solitária do ano
Os sintomas são-nos demasiado familiares. Invade-nos um sentimento de tristeza recorrente ou persistente que começa durante ou imediatamente após as festas (o post-Holidays Blues, mas lá vamos), que varia de intensidade e duração e inclui os sintomas aqui enumerados
Suicídio: A minha história, os nossos números e muitos factos assustadores
O suicídio não mata pela vontade de morrer, nem pela desistência egoísta, nem pela fuga cobarde: mata porque é demasiado doloroso estar-se vivo, esperança gorada na melhoria. É muito diferente escolher não viver, ou escolher morrer
Saúde mental: Mil milhões de doentes - maluco é quem continua a ignorar a realidade
À medida que vou conhecendo todos os cantos deste hospício chamado sistema de saúde mental, a raiva e inquietação têm-me aditivado o ativismo e são combustíveis à prova de crise energética, tal é a dimensão do estigma, da apatia corporativa e da incompetência governativa. Esta reforma faz-se nas nossas cabeças e em insistente uníssono. Maluco é quem continue a ignorar tudo isto
A Síndrome Pós-Férias: Quando regressar não "custa", é um inferno mesmo
Regressar não é o verbo favorito de cerca de 40% dos trabalhadores e alunos que, ao espreitar do quotidiano, sofrem de Síndrome Pós-Férias. Não se trata de capricho da mente, preguiça estival ou crise existencial do resto dos dias quentes, mas do custo mental - e físico - da nossa estranha forma de vida
Quando o período é doença mental - o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual
Oscilações dramáticas de humor, irritabilidade, disforia - o antónimo de euforia -, ansiedade. Os sintomas vão desaparecer nos primeiros dias de menstruação e voltar no mês seguinte. Mas enquanto duram, são de tal modo intensos, debilitantes e graves que comprometem a capacidade de funcionar e trabalhar. Sejam mal-vindas ao odioso TDPM - o transtorno depressivo que só foi cientificamente reconhecido e catalogado como doença mental em 2013, e de causa ainda por concluir
Headline Stress Disorder: Como o excesso de informação sobre a guerra na Ucrânia (e o scroll pela desgraça) pode bombardear a nossa saúde mental
Se estes 15 dias de conflito lhe trouxeram insónias, dificuldade de concentração, taquicardia, impotência, frustração, problemas gastrointestinais, medo, culpa e quebra de produtividade, seja mal-vindo às fileiras dos ansiosos de guerra que se movem no terreno que a pandemia minou
Precisamos de um Ministério da Solidão?
Não saímos deste pandemia em pleno arco-íris, não vai ficar tudo bem – sobretudo no sítio onde já muito ia tão mal, a nossa mente
A pílula mágica
Enquanto a depressão ansiosa me infernizou década e meia de vida, foram-me receitados 7 antidepressivos diferentes, 8 ansiolíticos distintos e uma mistura exótica de outras pílulas que fariam as magias coadjuvantes
A Grande Depressão
Viver com uma depressão é semelhante ao vazio das nossas ruas no Estado de Emergência, sem que se entenda quem decretou o confinamento obrigatório no pior sítio de todos: a nossa cabeça