Agradecida a quem inventou esta alma portuguesa, não a do fado e da saudade, mas a das anedotas, uma vontade de galhofar com o ridículo de certas figuras políticas, que nos mata, sim, mas de tanto rir.
Bem vistas as coisas, que outra atitude seria adequada perante o absurdo de imaginar um deputado da Nação a roubar malas nos tapetes de bagagens dos aeroportos? É um crime tão original que o dia de ontem se encheu de piadas, nas redes sociais virtuais trocaram-se memes furiosamente, e nas “redes sociais dos bairros”, os cafés e as mercearias, reinou o escárnio. Também na Assembleia da República, entre o sério e altamente ideológico debate sobre o Sistema Nacional de Saúde, se dizia entre dentes: “Cuidado com a mala!”.