A associação política está vedada às forças de segurança, mas André Ventura não se cansa de se associar à luta dos polícias para fazer política. Na próxima quinta-feira, dia 4, o Chega volta a ensaiar outro número populista no principal palco da política portuguesa, sinalizando a sua agenda securitária e militarista, ao forçar o Parlamento a discutir, entre outros assuntos, o aumento dos suplementos salariais dos elementos da PSP, GNR e guardas prisionais.
Se a discussão tem (naturalmente) legitimidade democrática, é (muito) mais duvidoso poder dizer-se o mesmo do apelo feito pelo presidente do Chega para que, nesse dia, os homens e mulheres das forças de segurança marquem presença “dentro e fora” da Assembleia da República.