Há dias, no jornal Eco, Hugo Protázio, diretor de recursos humanos da JCDecaux Portugal deu-nos a conhecer – a nós, leigos do trabalho – o “salário emocional”. Leram bem? Ele explica: “Mais do que o salário, é a ligação emocional às empresas que permite a retenção e a atração de talento”. Hugo defende, note-se, uma gestão mais humanizada das empresas. E diz que os trabalhadores valorizam hoje na sua relação laboral outro tipo de regalias, como revelam os mais recentes estudos. São elas: “O reforço de coberturas nos seguros de saúde, como a de psicologia (…) possibilidade de realização de teletrabalho, a oferta do dia de aniversário, a criação de um horário reduzido à sexta-feira (saída às 15h00), a promoção de hábitos de vida saudáveis e a organização de iniciativas que promovam o convívio das diferentes equipas, como a Festa de Natal e o «Recreacional Day»”.
Tenho um amigo que, ao ler isto, não conteve o seu entusiasmo e foi logo escrever nas redes sociais (onde o artigo de Hugo Protázio viralizou, como se diz agora): “Vou propor ao meu banco uma «prestação emocional do crédito habitação»”. Na verdade, é preciso dar um desconto a este meu amigo, pois anda sempre com a cabeça nas estrelas, no sistema solar e na ficção científica, temas nos quais é grande especialista e um excelente comunicador.