Para os leitores mais velhos, acho que basta dizer-lhes uma palavrinha para lhes avivar a memória: Kursk. Há quase 23 anos, a 12 de agosto de 2000, no Mar de Barents, uma explosão vitimou toda a tripulação de um submarino de mísseis de cruzeiro pertencente à Marinha Russa. Durante vários dias, até as equipas especializadas conseguirem chegar ao Kursk, meio-mundo comoveu-se com aquelas vidas – muito provavelmente estariam perdidas para sempre, intuíam até os que nada sabiam de submarinos. Nove dias depois, a 21 de agosto, uma equipa de mergulhadores conseguiu abrir a escotilha e acabou com qualquer réstia de esperança: ninguém sobreviveu; ao todo, morreram 118 homens.
Hoje, o episódio do submersível do Titanic também envolve uma luta contra o tempo. Recapitulando: um veículo da OceanGate Expeditions, uma empresa que organiza viagens turísticas em águas profundas, está desaparecido no oceano Atlântico, ao largo da América do Norte, desde o fim de semana passado.