Olá, bom-dia
Ele há coincidências que nos inquietam. Na sequência do escrutínio de ontem, a Itália deverá estrear-se a ter uma primeira-ministra. Georgia Meloni tem 45 anos, nasceu num bairro popular de Roma e, como conservadora que é, assume-se como defensora dos valores tradicionais da família e do papel das mulheres. Costuma vestir-se com roupas clássicas de tons suaves, como uma verdadeira mamma italiana, mas ontem já se fez fotografar com dois melões ao peito. “25 de setembro. Disse tudo”, proclamou. Boa oradora, tem um discurso forte, nacionalista e anti-imigração, o qual tem vindo a moderar, eleições oblige… Ainda assim, temem-se alterações à lei do aborto e as comunidades LGBTI+ também estão à espera de recuos na adoção por parte dos casais gay. Ao mesmo tempo que Meloni consegue uma vitória histórica em Itália, noutra zona do mundo, no Irão, há mulheres arriscam a pele e atrevem-se a tirar o hijab e a lutar pelos seus direitos. Recusam-se a cumprir as leis da ditadura teocrática e batalham para que a morte de Mahsa Amini não seja esquecida.