Como quase sempre, a história tem uma lição para nos dar. Esta data de 1703, chama-se Tratado de Methuen, mais conhecido como o “tratado dos panos e dos vinhos”. Por esta altura, D. Manuel Teles da Silva, Marquês de Alegrete, celebrou com o embaixador John Methuen um acordo que nos sairia caro: permitimos que o tecido de lã inglês fosse importado para Portugal com isenção de taxas e impostos e, em troca, os vinhos portugueses entravam em Inglaterra com um desconto de um terço de direitos face ao que era aplicado aos vinhos franceses. O que pareceu um bom negócio, revelou-se uma opção desastrosa: Portugal não desenvolveu a sua indústria têxtil porque importava tecidos ingleses, e pouco vinho acabou por exportar. O saldo foi fortemente negativo para o lado luso. Continuámos pobretes mas alegretes.
Saltamos 318 anos adiante, e chegamos aos dias de hoje. Em comum a mesma sensação de dar com uma mão, e ser “subtraído” com a outra.
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