Promover iniciativas contra a exclusão social, através do incentivo e da partilha de recursos, é a finalidade do CIaP – Centro Incentivar a Partilha da Cruz de Pau, em Matosinhos, que funciona numa antiga escola cedida pela autarquia de Matosinhos.
O centro pretende ser um espaço de apoio à incubação de novas organizações voltadas para a economia social e também um local de trabalho partilhado para instituições já existentes, explicou à Lusa Américo Mendes, professor da Universidade Católica Portuguesa e um dos mentores do projeto.
“Será também um espaço de encontro, para troca de impressões, informações e para o desenvolvimento de parcerias”, referiu o responsável que espera no futuro criar ali também “uma oficina com ateliês que possam ser usados por pessoas desempregadas ou com baixos rendimentos e ali possam evoluir para a criação do seu próprio negócio”.
Orientado para “resolver problemas sociais”, o CIaP tem ainda uma vertente “de partilha” e de “mobilização de recursos subaproveitados pela comunidade”, onde se inclui a promoção de trabalho voluntário.
O CIaP, que resulta de uma cooperação entre o município, o Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa e a associação “Incentivar a Partilha”, irá funcionar no edifício da antiga escola da Cruz de Pau, cedido em regime de comodato pela autarquia.
Nesta fase de lançamento, o projeto conta já com cerca de 20 projetos instalados na antiga escola da Cruz de Pau que procuram responder a problemas como abandono escolar, desperdício alimentar, pessoas em situação de sem abrigo ou dificuldades financeiras.
As organizações já presentes no CIaP desenvolvem também a sua ação ao nível do aconselhamento psicológico e jurídico a pessoas com problemas de integração social, apoio a imigrantes, educação para a cidadania ativa, apoio a reclusos e suas famílias, promoção da literacia e da cidadania digital, entre outros.
“Trata-se de um projeto claramente inovador na promoção do empreendedorismo social em Portugal, cujo sucesso se espera que possa estimular a sua replicação noutros sítios, com as adaptações que forem necessárias às especificidades de cada sítio”, refere a autarquia.