Quase 69 milhões de novos professores são precisos no mundo para que seja alcançado o objetivo de fornecer educação primária e secundária universal e de qualidade até 2030, segundo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, alerta hoje a UNESCO.
A agência da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) indica, citando números do seu Instituto de Estatística, que nos próximos 14 anos serão necessários 24,4 milhões de professores do ensino primário e 44,4 milhões de docentes do ensino secundário.
A região com o maior fosso entre o número de professores necessários e o de docentes disponíveis é a África Subsaariana, onde serão necessários mais 17 milhões de professores primários e do secundário até 2030.
A África Subsaariana, onde mais de 70% dos países já enfrentam séria escassez de professores primários e onde 90% dos Estados têm uma grave carência de professores do ensino secundário, é também a região com maior crescimento da população em idade escolar.
O sul da Ásia tem o segundo maior fosso, especialmente ao nível secundário: com apenas 65% dos jovens da região atualmente a frequentar o ensino secundário, o rácio de aluno por professor é de 29:1 (dados de 2014) — muito acima da média global de 18:1.
O sul da Ásia precisa de 15 milhões de novos professores até 2030, a grande maioria (11 milhões) no nível secundário.
Mas há outras partes do mundo que enfrentam graves problemas: A guerra na Síria e no Iraque destruiu grande parte dos sistemas educativos nos dois países e teve um efeito severo nos países vizinhos, que tentam lidar com uma entrada massiva de crianças e jovens refugiados a precisar de educação.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), definidos em 2015 para suceder aos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, preveem, entre outros, uma educação de qualidade inclusiva e equitativa para todos até 2030.