Quase 600 mil pessoas já assinaram uma petição pública a defender a atribuição do Prémio Nobel da Paz aos habitantes das ilhas gregas que têm acolhido refugiados.
A petição, que está na Internet, foi criada por Alkmini Papadaki, um arquiteto grego que considera que “os habitantes das ilhas gregas, no Mar Egeu, fizeram e ainda fazem todos os possíveis para ajudar os refugiados sírios, apesar de eles próprios terem sido sujeitos a uma grave crise económica”.
“As ações e os sacrifícios não devem passar despercebidos, porque são um contributo significativo para a paz e estabilidade no mundo”, afirmou o promotor da petição.
O prazo de entrega de nomeações para o Nobel da Paz termina hoje, 1 de fevereiro, e nos últimos dias têm-se intensificado as iniciativas de apoio à atribuição do prémio ao povo grego, com a participação de artistas, políticos e meios de comunicação social.
A agência noticiosa grega dá conta de que várias personalidades da Grécia enviaram uma carta ao comité do Nobel nomeando uma reformada de 80 anos, um pescador de 40 anos e a atriz norte-americana Susan Sarandon, três rostos dos voluntários que têm trabalhado no acolhimento de refugiados, em particular na ilha de Lesbos.
O presidente do parlamento grego, Nikos Voutsis, já manifestou apoio a esta nomeação, por considerar que são um exemplo da civilização europeia.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, em 2015 mais de 800 mil refugiados entraram na Grécia, através da costa marítima.