“Badawi é um homem muito corajoso, exemplar, a meu ver. Foi alvo de uma das maiores torturas. Já solicitei ao rei da Arábia Saudita a sua libertação imediata”, disse Schulz, ao anunciar a decisão da Conferência de Presidentes do Parlamento Europeu.
Martin Schulz relembrou que as relações da União Europeia com países terceiros dependem do respeito pelos direitos humanos.
“Esta é uma violação patente dos direitos humanos, que foram claramente espezinhados”, salientou Sculz, apelando à Arábia Saudita que liberte Raif Badawi, para que possa estar em Estrasburgo em dezembro para receber o prémio.
Raif Badawi foi condenado a 10 anos de prisão, a mil chibatadas e a uma multa pesada por ter criado um website para o debate social e político, “Free Saudi Liberals”, considerado ofensivo para o Islão.
As primeiras 50 chibatadas foram infligidas em janeiro deste ano, tendo as restantes sido adiadas devido a protestos internacionais, mas o ativista continua detido a cumprir a pena.
O Prémio Sakharov para a liberdade de pensamento, no valor de 50 mil euros, será entregue a 16 de dezembro em Estrasburgo mas, estando detido, Badawi não o poderá ir receber.