As iniciativas organizadas pelos alunos africanos da Universidade do Algarve surgiram da “vontade de contribuir para apoiar crianças que pouco ou nada têm para poder estudar e que chegam a ter aulas debaixo de uma árvore”, explicou à agência Lusa Frans Silva, da secção autónoma de estudantes africanos da universidade.
O dinheiro angariado nos dois almoços organizados pelos estudantes foi de 270 euros, verba que “pode parecer pouco” nos padrões europeus e ocidentais, mas que “para estas crianças pode representar uma grande ajuda e a diferença entre poderem ou não estudar”, considerou.
“Conhecíamos a Patrícia Gomes, uma colega que terminou a licenciatura, foi fazer voluntariado para a Zâmbia e, quando lá chegou, ficou surpreendida com os problemas que viu e que não esperava encontrar. Ficámos com vontade de fazer alguma coisa e propusemos aos Serviços de Ação Social e à reitoria da Universidade a realização desta iniciativa”, contou.
A universidade forneceu os alimentos e os produtos necessários à confeção de um prato africano, confecionado pelos próprios alunos, que foi vendido nas cantinas pelo preço habitual, mas com um acréscimo de 50 cêntimos, destinados ao “Child Aid Projet”, iniciativa solidária em curso na comunidade de Malambyana, no distrito de Chibombo, na Zâmbia.
O dinheiro angariado será canalizado para a construção de uma pré-escola com duas salas de aulas e um pequeno escritório para materiais e registos escolares, que irá servir cerca de 200 crianças dessa comunidade na Zâmbia.