Até amanhã, 24 de janeiro, Davos, na Suíça, com apenas 13 mil habitantes, volta a ser o centro do mundo. Em particular para os 2500 ilustres convidados dos cinco continentes com direito a participarem nos “trabalhos” da 9.ª edição do Fórum Económico com o mesmo nome da pequena cidade alpina.
E, tal como sucede todos os anos, há iniciativas filantrópicas para surpreender até os privilegiados que vão ocupar os 400 quartos e suites dos hotéis de cinco estrelas: quem prescindir das limusinas e andar a pé seis ou mais quilómetros vai contribuir para um fundo que financiará a aquisição de 2500 bicicletas para crianças africanas. Um fait divers porque o importante é discutir os grandes problemas da Humanidade. E este ano, segundo os organizadores, eles estão identificados.
Em primeiro lugar, o risco geopolítico – entenda-se guerras – é a principal ameaça que todos enfrentamos na próxima década. Uma opção compreensível se tivermos em conta o que se passa na Síria e na Ucrânia mas que constitui uma novidade no topo da lista de temas em debate.
Recorde-se apenas que o fenómeno da desigualdade foi o tópico privilegiado em 2012, 2013 e 2014. Curiosamente, sai da agenda quando a Oxfam alega que os 80 indivíduos mais abonados do planeta já detêm metade da riqueza mundial….