Alexandre Honrado, coordenador do Observatório para a Liberdade Religiosa (OLR), explicou, em declarações à agência Lusa, que a estrutura resulta da necessidade de ter “a religião praticada como uma das liberdades consagradas para o ser humano”.
“Queremos observar, não queremos criticar, transformar, alterar, dar novas soluções às coisas. Ao observar fazemo-lo analiticamente e podemos então abrir portas aos outros e as nós próprios para ter soluções”, acrescentou o professor e investigador, que com o jornalista Joaquim Franco coordena o observatório.
O estudo das religiões e o acompanhamento da situação da liberdade religiosa são os objetivos do observatório, estrutura independente, que surge associada à área de Ciência das Religiões, da Universidade Lusófona.
Os responsáveis pelo ORL consideram que os acontecimentos de Paris “revelam a importância do observatório” que pretende “contribuir para a construção de uma sociedade mais esclarecida, onde as diferenças religiosas e culturais saibam coexistir”.
Lembram que a religião é “capaz de construir relações de solidariedade e compaixão, contribuindo para o edifício ético”, mas, hoje como no passado, é também “usada como combustível de guerra”.