Sendo esta a primeira vez que o Ano Europeu é consagrado à ação externa da União Europeia e ao papel da Europa no mundo, a presidência semestral letã da UE e a Comissão Europeia apontam que esta é “uma oportunidade única” para as organizações de desenvolvimento de toda a Europa “motivarem mais europeus a implicar-se e a participar no desenvolvimento”.
O programa português do Ano Europeu para o Desenvolvimento, coordenado pelo Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, visa promover o interesse, a participação e o pensamento crítico dos cidadãos portugueses sobre o Desenvolvimento Global.
O ano de 2015 era a data limite para serem alcançados os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio acordados em 2000. Agora, a comunidade internacional terá de definir um novo quadro mundial para a erradicação da pobreza e o desenvolvimento sustentável, a chamada “agenda do desenvolvimento pós-2015”.
A nova agenda deverá ser definida e aprovada em setembro, nas Nações Unidas. Pela primeira vez, um dos objetivos deverá ter como meta a erradicação do problema (e não apenas a diminuição) no espaço de uma geração.
De acordo com o relatório anual da Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais de Ajuda Humanitária e Desenvolvimento (Concord) divulgado em Novembro passado em Paris, a maioria dos Estados-membros da UE, entre os quais Portugal, não vão honrar as metas com que se haviam comprometido para 2015, apesar de a UE e os seus Estados-membros continuarem a ser, em conjunto, os maiores doadores de ajuda pública ao desenvolvimento a nível mundial.
Todos os cidadãos podem votar e ajudar a estabelecer as próximas metas de desenvolvimento, basta aceder à página MYWorld 2015.