A iniciativa, realizada na sexta-feira, inseria-se na semana “Pela erradicação da pobreza”, disse à agência Lusa Deolinda Machado, uma das coordenadoras do movimento.
A ativista lembrou os 60% dos desempregados que “vivem sem proteção social”, questionando: “Como é possível alguém viver com dignidade se não tem o mínimo para a sua subsistência e da sua família?”. Segundo a coordenadora do movimento, o percurso entre o largo do Chiado e o Rossio foi silencioso, “porque o silêncio também fala”.
Deolinda Machado disse que os números apontam para 120 mil crianças a passarem fome, mas o movimento estima que “sejam mais”. No cartaz promotor do desfile, o movimento recorda alguns números que refletem a pobreza em Portugal: “As refeições nas cantinas sociais aumentaram 33% desde 2012”, “o indicador de risco de pobreza subiu para o valor mais alto desde 2005” e “aproximadamente 2,3 milhões de portugueses continuam sem conseguir pagar, ou com muitas dificuldades, as despesas básicas”.