O comité de combate à SIDA da ONU, o UNAids, quer controlar as infeções e as mortes provocadas pela doença até 2030. Este objetivo implica evitar 18 milhões de infeções e 11,2 milhões de casos de morte.
O diretor da UNAids, Michel Sidibe, acredita que é possível cumprir o objetivo, desde que se comece já a trabalhar para ele.
No ano passado registaram-se 2,1 milhões de novas infeções, o que representa um decréscimo de 38% em relação a 2001. Dos novos casos de 2013, 75% concentravam-se em 15 países e 48% em apenas três países: Nigéria, África do Sul e Uganda.
A UNAids também revela que o número de crianças infetadas caiu 58% desde 2002. Os medicamentos antirretrovirais conseguiram evitar que 900 mil crianças nascessem com o vírus desde 2009.
“Se os bons resultados se tornarem ainda melhores até 2020 será possível cumprir o objetivo em 2030. Se não, arriscamo-nos a aumentar, e muito, o tempo que pode demorar, adicionando mais uma década ou mais”, afirma o diretor da organização das Nações Unidas.
No final de 2011, os membros da ONU assumiram o compromisso de fazer chegar os medicamentos antirretrovirais a 15 milhões de pessoas até 2015. Em 2012, 9,7 milhões de pessoas, residentes nos países em desenvolvimento, tinham acesso à medicação.
O estudo da UNAids será um dos assuntos debatidos na 20.ª Conferência Internacional Sobre SIDA, que está a decorrer em Melbourne, Austrália, até dia 25. Era para lá que se dirigiam cerca de 100 passageiros do voo das Linhas Aéreas da Malásia abatido nos céus da Ucrânia na passada quinta-feira, 17.
Desde os anos 1980, já foram infetadas com o vírus do VIH quase 75 milhões de pessoas.