“Este projeto tem em mente fazer com que desempregados e jovens à procura do primeiro emprego consigam uma colocação” no mercado de trabalho, disse à agência Lusa o representante do ‘franchising’ social do Inatel, Rui Calarrão.
O papel da fundação é escolher os locais, equipá-los com os meios necessários, custeados pelos proprietários e angariar empresas parceiras, para fazer “com que estas pessoas, que não tinham ocupação e que estavam a receber subsídio de desemprego, possam ajudar a própria sociedade e ajudarem-se a eles próprios”, criando o seu negócio, explicou Rui Calarrão.
João Barbas Lopes foi o escolhido entre 39 candidatos pelo Inatel para gerir o espaço piloto em Lisboa, o “Kantina Inatel – Chaminés do Palácio”, que fica situado no Palácio da Independência, junto ao Rossio, e que abre ao público a 8 de maio. O empresário tinha 55 anos quando ficou desempregado, após 27 anos ligado ao marketing farmacêutico, área que julga ser “fundamental” para divulgar o negócio.
Os menus do restaurante, para além de acessíveis, são tipicamente portugueses, com alusões ao Douro e Minho, a Trás-os-Montes e Alto Douro, às Beiras, ao Ribatejo, ao Alentejo e ao Algarve, consoante o dia da semana. Fora da lista encontram-se a Estremadura, que está salvaguardada nos menus de grupo, e os arquipélagos dos Açores e Madeira, que serão incluídos quando a ementa rodar. A coordenar todos os pratos estará o chef Hélio Loureiro.
Uma iniciativa semelhante será criada no Porto, para a qual concorreram 29 pessoas, e que terá a denominação de “Kantina Inatel – Cidade Ribeirinha”.
O ‘franchising’ não se limitará apenas à restauração, já que em Espinho vai ser implementado um projeto-piloto das agências de viagens da fundação, para o qual concorreram 64 pessoas.
Ao todo, são 132 desempregados que podem vir a ser ajudados pelo Inatel.
“Queremos dizer às pessoas que podem contar connosco [fundação] para uma aposta forte nas suas vidas, [e que] têm aqui um apoio”, salientou o presidente da instituição, Fernando Ribeiro Mendes, referindo que “aqui o protagonista não é a fundação, é o franchisado”.