O número total de crianças em instituições de acolhimento em Portugal desceu de 12 245 em 2006 para 8 445 no ano passado. A conclusão é do relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens (CASA), elaborado pela Segurança Social e Instituto da Segurança Social.
De acordo com o mesmo estudo, a maioria dos casos de acolhimento (58%) devem-se “à falta de supervisão e acompanhamento familiar”. Os modelos parentais desviantes são responsáveis por 35% dos casos e a negligência por falta de assistência médica e educativa rondam os 30%.
Os Lares de Infância e Juventude (LIJ) e os Centros de Acolhimento Temporário (CAT) são as instituições que mais crianças acolhem (89%), as famílias de acolhimento têm um valor residual de, apenas, 4,4%. O documento propõe o “aumento progressivo de acolhimento familiar, nomeadamente, para algumas crianças até aos três anos”, o que implica a redefinição das famílias elegíveis para este modelo e um maior acompanhamento destes casos.
O relatório CASA estabelece como prioridade “garantir cada vez melhor o cumprimento de um direito fundamental de todas as crianças e jovens – o direito a viver em família”.