Durão Barroso considerou a entrega do Prémio Carlos V, que lhe foi atribuído pela Academia Europeia de Yuste (Cáceres, Espanha), uma oportunidade “para passar uma mensagem de confiança à Europa”.
A cerimónia, realizada ontem, dia 16, contou com a presença dos príncipes das Astúrias e dos chefes de Governo de Portugal e Espanha.
O valor total do prémio são 90 mil euros, metade é destinada às bolsas de estudo promovidas pela Academia Europeia de Yuste. Quanto aos restantes 45 mil euros, Durão Barroso decidiu doá-los ao Liceu Camões, em Lisboa – a escola que frequentou na adolescência, e à Associação Cais, que trabalha em prol da integração social dos sem-abrigo.
Os responsáveis pela escola planeiam usar o dinheiro para começar a recuperar o campo de jogos, inativo há vários anos. Apesar de ter sido considerado um monumento de interesse público em 2012, o Liceu tem várias zonas degradadas, a necessitarem de obras urgentes.
O presidente da Cais, e colunista da VISÃO Solidária, Henrique Pinto, pretende colaborar com o presidente da Comissão Europeia para criar um projeto novo, que seja lançado com a ajuda do donativo agora atribuído.
Atualmente, uma das prioridades da Cais é desenvolver projetos que criem empregos que ajudem a tirar mais pessoas da rua.
O prémio Carlos V, anteriormente entregue a personalidades como Mikhail Gorbachov, Jacques Delors e Javier Solana, pretende sublinhar o papel do presidente da Comissão Europeia durante a crise financeira por ter “apostado sempre na União Europeia para enfrentar os desafios”.