Será de reconhecer igualmente que, se muito está feito em matéria de Responsabilidade Social Corporativa, também muito há por fazer quando se fala em boas práticas, aquelas que gostamos de testemunhar, também na certeza de que é da partilha dos bons exemplos que pode rezar a história dos grandes feitos.
Sabido é também que é no exemplo de cada um que assenta o exemplo empresarial, no que à sua integração nas comunidades diz respeito. Pois bem, olhemos hoje para as empresas, na perspectiva da sua capacidade de transportarem para as estruturas familiares, ou seja, as lá de casa, tudo o que de muito bom se faz no local de trabalho com base na coesão que defendemos entre gente do mesmo sangue. E é aqui que nasce o voluntariado em família enquanto extensão dos programas de voluntariado empresarial, ou seja, o que é realizado em tempo da empresa.
Quando estamos perante uma realidade em que profissionais afectos a uma estrutura empresarial querem transportar para o seio familiar uma intervenção voluntária da responsabilidade do seu empregador, estamos no bom caminho. É disto que tratam as iniciativas de voluntariado familiar que no GRACE se vêm a realizar de há 7 anos a esta parte. Pessoas que, reconhecendo a transformação que a intervenção das suas empresas lhes confere, consideram que é precisamente na sua empresa que podem cimentar a atitude que em família assume proporções ainda mais consequentes.
Se é verdade que “de pequenino se torce o pepino”, também é verdade que “se o velho pudesse e o novo quisesse, nada havia que não se fizesse”. É pois fácil de perceber, também com base no grande fundamento dos ditados populares, que a seriedade de processos não está confinada aos limites etários nem profissionais. E que, para se ser voluntário, basta estar-se vivo, em casa, em família ou no trabalho. Prova-o esta iniciativa que, no GRACE, reúne pessoas que, independentemente da sua idade, inspiram no querer o sucesso da missão a que se propõem. Cinco ou 65 anos, que importa, se é de voluntariado e de empenhos que se fala?
Também no campo do altruísmo a intergeracionalidade acontece. E é cada vez mais possível assistirmos a processos de crescimento social, que resultam da capacidade de dar mãos, independentemente da dimensão de dedos. Importante é que confirmemos que as sociedades são tão mais bem-sucedidas quanto maior for a sua vontade de formarem círculos, cuja virtuosidade resida na articulação entre pessoas, empresas e família. E aí alcançaremos o expoente máximo na qualidade deste mundo em que queremos viver.
Acima de tudo, lá em casa ou na empresa, pratique, pratique muito o espírito de voluntariado. Vale a pena, acredite!