“Não há idades, há vida. A própria Organização Mundial de Saúde já assinalou que, na casa dos 80, ainda somos jovens seniores. Tanto podemos ter 30 anos e ser velhos como ter 100 e ser novos. O importante é manter o cérebro normal – e para isso, é preciso que tenha uma atividade permanente.
Hoje, sabemos que são os nossos neurónios que mandam no que fazemos: quando estão ativos, sintetizam certo tipo de células responsáveis pela produção de certas substâncias que alimentam o cérebro.
Para isso, o melhor é lutar contra a rotina, a rotina é a mãe do Alzheimer. Para se manter ativo, o nosso cérebro preciso de se espantar. Ter ou não ter memória não é uma questão de idade, é uma questão de trabalho. E para isso, temos de ir ao encontro do que é novo, ver coisas novas, não se pode estar entre quatro paredes.
É preciso incentivar os sentidos – e rir, rir às gargalhadas, ajuda imenso. Os que o fizerem vivem mais tempo e com qualidade.
Em tempos, nos 100 anos de Rita Levy – a investigadora que descobriu a importância de uma atividade permanente para o cérebro se manter ativo – perguntaram-lhe se tivesse 30 anos, se teria feito o mesmo. Ao que ela respondeu: “Ó menina, mas eu tenho 20 anos. O facto de estar para aqui encarquilhada não significa nada!
A minha filosofia para a velhice é simples: livrem-se de todos os números. Seja peso, idade; conservar os amigos; e claro, aprender. O importante é manter a juventude até ao fim.”