A Câmara de S. João da Madeira aprovou esta semana a redução dos preços do prolongamento de horário no ensino pré-escolar, no caso das famílias carenciadas, por esse ser “um sistema mais justo” em tempo de dificuldades.
Antes de essa decisão, vigorava nas escolas do concelho o preço único de 15 euros por mês por cada criança a beneficiar desse serviço de acompanhamento, independentemente do nível de rendimento dos respetivos pais. A partir do dia 01 de setembro, esse valor mantém-se para as crianças de agregados não carenciados, mas haverá dois novos escalões de preços a considerar: 10 euros mensais para crianças do escalão B da Ação Social Escolar e 5 euros para o escalão A do mesmo regime.
Para Dilma Nantes, vereadora da Educação na autarquia, o novo preçário “é um sistema mais justo”, que, implicando uma baixa de preços para famílias de menores recursos, “reflete um reforço da ajuda a quem mais precisa”.
A autarca realça que “as escolas de S. João da Madeira já praticavam um valor muito inferior ao da tabela nacional”, mas reconhece que “os tempos são de crise e as famílias têm menos dinheiro”.
“Esta medida é, assim, uma forma de ajudar os pais a gerirem melhor o seu orçamento familiar”, disse.
A avaliar pelos números do ano letivo 2011/2012, em que o ensino pré-escolar da rede pública de S. João da Madeira foi frequentado por 485 crianças, o prolongamento de horário deverá continuar a abranger cerca de 90 por cento desse universo.
O novo preçário enquadra-se nos objetivos do Regulamento do Programa de Apoio à Família da Educação Pré-Escolar de S. João da Madeira, que, recentemente aprovado pelo Executivo autárquico e pela Assembleia Municipal, estabelece que “o valor da comparticipação familiar dos pais e encarregados de educação para o acolhimento e prolongamento de horário será definido anualmente pela Câmara” e “sempre inferior ao que resultaria da aplicação da tabela nacional”.