
A vida são dois dias e um deles vive-se sentado. Podia ser uma piada daquelas que arrancam um sorriso amarelo, mas se avaliarmos bem o nosso comportamento ao longo de um dia, o mais certo é constatar que durante boa parte do tempo de vigília é de imobilidade (só a cabeça e os dedos nos ecrãs e teclados é que parecem andar a mil).
Mas não para Márcio Moreira. Aos 43 anos, as manhãs dos dias úteis começam na oficina, onde trabalha por conta própria, e acabam, invariavelmente, no ginásio, onde faz treinos de alta intensidade em aulas de grupo e outros exercícios aeróbicos. Haja o que houver, este tempo de atividade é sagrado. Estamos diante de um homem que também pratica atletismo – fez a última meia maratona (21.1 kms) de Lisboa e prepara-se para correr os 42,195 kms da maratona em Sevilha, no próximo ano – mas que diz, sem pestanejar: “Nunca fiz nada disto quando era adolescente, só comecei há um ano.”

Márcio Moreira
43 anos, eletrotécnico
A alternativa aos fármacos
O exercício físico não fazia parte dos hábitos deste pai de dois, mas quando a filha teve um problema oncológico, ele entrou num estado de ansiedade severa, com dores, tensão muscular, ataques de pânico, e nem queria sair de casa. O médico disse-lhe que teria de voltar aos fármacos se não fizesse desporto. Experimentou, melhorou a olhos vistos, faz treinos diários no ginásio e corre por gosto.