Continuam a soar as campainhas de alarme quanto ao crescimento da incidência do cancro precoce e da mortalidade associada. Agora, um novo estudo vem indicar que pessoas com um intervalo de idades entre os 28 e os 59 anos têm mais probabilidades de desenvolver cancro do que as gerações anteriores.
Em concreto, os resultados da pesquisa da Sociedade Norte-Americana do Cancro e da Universidade de Calgary, no Canadá, publicada na revista científica The Lancet Public Health, mostram que a Geração X (1965-1980) e os Millennials (1981-1996) têm mais probabilidades de desenvolver 17 formas de cancro do que as gerações mais velhas, sugerindo que a exposição a agentes cancerígenos e a outros fatores de risco é maior hoje do que no passado. Os investigadores analisaram dados acerca da incidência de 34 tipos de cancro em cerca de 24 milhões de pessoas e registos sobre a morte provocada por 25 tipos de cancro em mais de sete milhões de pessoas, nascidas entre 1920 e 1990. Após o estudo, concluíram que o período de nascimentos de 1990 tinha taxas de cancro muito maiores do que as de gerações anteriores, variando entre uma incidência 12% mais elevada de cancro do ovário e 169% acima no cancro do endométrio.