“Apesar de o envelhecimento ser muitas vezes associado à tristeza, solidão, insatisfação e a sintomas depressivos, também pelas perdas e acontecimentos que ocorrem de forma mais frequente nesta fase da vida, a maioria das “pessoas mais velhas não está deprimida”, conclui o relatório “Envelhecimento em Saúde: Caracterização da saúde da população idosa em Portugal” divulgado esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.
O documento sublinha que a prevalência da depressão é mais baixa nos idosos comparativamente aos grupos etários mais novos, apesar de se manter como “a desordem psiquiátrica mais comum na população idosa com documentado impacto ao nível da qualidade de vida, constituindo um importante preditor da mortalidade”.
O relatório reúne informação de variadas fontes nacionais e europeias, de inquéritos de saúde e de estudos nacionais até dezembro de 2021.
Entre as conclusões mais relevantes está a de que a demência “apresenta uma taxa de mortalidade bastante baixa na população entre os 65 e os 74 anos”, mas torna-se a sexta causa de morte no grupo dos 85 e mais anos.