Um grupo de elementos do movimento “Fim ao Fóssil” está a ocupar esta sexta-feira o edifício do Ministério do Ambiente, em Lisboa, exigindo ao Governo o fim da exploração de combustíveis fósseis até ao ano de 2030.
Os estudantes prenderam-se ao átrio do edifício e dezenas estão a bloquear a entrada para o Ministério. Sentados no chão e unidos por tubos metálicos, os estudantes querem entregar um plano para garantir uma “transição justa” à ministra Maria da Graça Carvalho.
“Os estudantes exigem que seja implementado um plano “que garanta a transição nos prazos da ciência”, na semana em que a ONU avisou que temos de começar a implementar estes planos durante os próximos dois anos”, referem numa nota na rede social Telegram.
Numa publicação mais recente, utilizando o mesmo meio, o grupo diz que os estudantes que se manifestavam pacificamente à porta “foram abordados por dezenas de polícias e forçados a entrar na garagem do edifício. Não se sabe porque razão nem onde estão de momento”.
“Nós não queríamos estar aqui, mas não temos outra opção”, diz Teresa Núncio, estudante de medicina, que se encontra no átrio do Ministério em protesto. “Aprendemos que precisamos do fim aos fósseis até 2030. A ONU ainda esta semana avisou que temos dois anos para criar e começar a implementar os planos necessários. Mas o governo continua sem ter um plano para garantir o fim ao fóssil nos prazos da ciência. Mesmo depois de já lhes termos várias vezes apresentado um plano de como o podem garantir. Não podemos consentir com a nossa condenação por um governo que se recusa a enfrentar a realidade climática.”