É um fenómeno que acontece a cada oito décadas e que permite vislumbrar a olho nu no hemisfério Norte a explosão de uma estrela. A TCoronae Borealis (T CrB) vai ter um brilho mais intenso do que a Estrela Polar e dar a sensação que há uma nova estrela no céu, mas este efeito apenas durará uma semana e, por isso, esta será uma oportunidade única para observar uma estrela que está a 3 mil anos-luz de distância.
A previsão é que este evento aconteça ainda em 2024, com a T CrB a iluminar a constelação Corona Borealis durante cerca de sete dias. Os cientistas da NASA não conseguem determinar ao certo quando a explosão irá acontecer, mas acreditam que poderá ser entre os próximos dias e setembro. De qualquer forma, estão e vigiar a estrela diariamente para não perderem o início deste evento astronómico raro.
O sistema Corona Borealis é composto por uma estrela anã branca com um tamanho comparável ao Sol e uma estrela gigante vermelha que está perto do fim de vida e expandiu-se para um tamanho 74 vezes superior ao do Sol. A anã branca orbita em volta da gigante vermelha numa proximidade que aumenta bastante a temperatura da superfície da gigante vermelha para cerca de 2200 a 3200 graus Celsius. Perante esta temperatura, a T CrB expele as suas camadas exteriores em explosões com 100 mil vezes mais energia do que a produção energética anual do Sol e que são visíveis da Terra durante uma semana. Após a libertação de energia, a T CrB arrefece e reinicia um novo ciclo que dura cerca de 80 anos.
Segundo a NASA, durante uma semana será possível observar o brilho desta estrela a olho nu, sendo que na semana seguinte ainda poderá haver vestígios da explosão observados com recurso a telescópio. Por isso mesmo, este será um fenómeno que promete captar a atenção de todos os entusiastas e curiosos com o sistema celeste e os seus eventos mais raros.
A última explosão sa T CrB aconteceu em 1946, havendo registos de observações em 1866, 1787 e até em 1217.