No dia em que Teófilo pegou na sua pistola e executou um homem, à vista de todos, na parada, Maria soube que não podia continuar por muito mais tempo em Capelongo. Nesse dia, imaginamo-la, estarrecida, a tomar a decisão de regressar a casa dos pais, em Torres Novas, com uma filha de 1 ano e pouco pela mão e novamente grávida.
Aos 19 anos, Maria já não era a mesma rapariguinha de província que se encantara com a ideia de casar com um jovem oficial de cavalaria. Chegara a Angola grávida, e os seis meses passados naquele remoto posto militar, onde até então nunca fora vista uma mulher branca, haviam-na quebrado.