O caso de Mónica Silva, a grávida desaparecida, ganhou novos contornos nos últimos dias. O acontecimento remonta ao dia 3 de outubro deste ano, quando a mulher, que se tinha encontrado com o ex-companheiro Fernando Valente, principal suspeito do desaparecimento e homicídio, disse aos filhos de 12 e 14 anos que estava a voltar para casa, mas não apareceu.
Nesse mesmo dia, o telefone de Mónica foi desligado, mas já no dia 4 o cenário muda. No mesmo momento que o telemóvel da grávida foi ligado e localizado no Alentejo, no concelho de Cuba, onde o suspeito tem uma propriedade, o de Fernando estava em Vila Nova de Gaia. O facto de haver uma distância de cerca de 400 quilómetros entre as terras faz com que as autoridades acreditem que os telemóveis tenham sido utilizados para as despistar, revela a CM, e que pode existir uma outra pessoa a ajudar o antigo companheiro.
Fernando Valente está em prisão preventiva por suspeita dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e aborto agravado. Quando foi presente à juíza de instrução criminal, o homem não consegui explicar o porquê de ter desligado o telemóvel no mesmo dia em que foi desligado o telemóvel de Mónica Silva. O homem, de 39 anos, terá tido um relacionamento amoroso com a vítima e alegadamente será o pai do bebé que ela esperava.
Poço na Murtosa
As buscas da Polícia Judiciária não pararam desde que se soube do caso e continuam à procura do corpo da grávida de sete meses. Esta quinta-feira, 23 de novembro, realizaram-se trabalhos de limpeza e investigação num poço na Murtosa, localizado perto da casa de Mónica, depois de um vizinho ter dado o alerta por causa do cheiro. Mas não foi encontrada nenhuma pista relevante, avança a CM.
São Jacinto, Aveiro
A CM avança ainda que a Polícia Judiciária de Aveiro está a realizar buscas perto da Ria de Aveiro “depois de ter sinalizado um local suspeito nas margens”. “Foi detetado um metal que poderá tratar-se do aparelho dentário de Mónica Silva. O local sinalizado é em São Jacinto, que fica a menos de dois quilómetros da casa da Torreira de Fernando Valente”, lê-se no site.