Segundo o processo, Mable Childress comprou um copo de café num drive-thru da cadeia de fast food e alega que os empregados não fecharam devidamente a tampa, o que fez com que o café se entornasse, provocando queimaduras graves na zona da virilha.
A mulher de 85 anos também alega que tentou chamar à atenção dos trabalhadores do McDonald’s onde o incidente aconteceu, mas que estes a “ignoraram” e “recusaram-se a ajudar”. Agora, Childress procura uma indemnização por dor física e angústia emocional e está a pedir milhões de dólares de compensação, de acordo com o seu advogado, Dylan Hackett.
Peter Ou, o proprietário e operador do franchising de São Francisco, contestou esta alegação, afirmando que os seus empregados e a direção “falaram com ela em poucos minutos e ofereceram-lhe assistência”.
“Os meus restaurantes aplicam protocolos rigorosos de segurança alimentar, incluindo a formação da equipa para garantir que as tampas das bebidas quentes estão seguras”, lê-se na declaração de Peter Ou aos meios de comunicação social.
“Levamos a sério todas as queixas dos clientes – e quando Childress relatou a sua experiência mais tarde naquele dia, os nossos funcionários e a equipa de gestão falaram com ela em poucos minutos e ofereceram assistência. Estamos a analisar ao pormenor esta nova queixa legal”.
Esta não é a primeira vez que a McDonald’s é confrontada com queixas de clientes sobre os seus produtos quentes. O primeiro caso foi em 1994, quando Stella Liebeck, de 79 anos, processou a McDonald’s por uma queimadura causada por um café quente- um caso que fez manchetes e deu que falar.
Liebeck recebeu inicialmente uma indemnização do júri no valor de 2,9 milhões de dólares, depois de ter sofrido queimaduras de terceiro grau provocadas pelo café derramado.
Um juiz reduziu a indemnização de Liebeck para cerca de 650 mil dólares. O caso, que teve direito a ser transformado num documentário, acabou por ser resolvido por cerca de meio milhão de dólares.