A França ordenou a retirada imediata do mercado do iPhone 12, por não respeitar os limites legais da energia eletromagnética absorvida pelo corpo humano. A Agência Nacional de Frequências (ANFR), que tornou a medida efetiva esta terça-feira, 12, apelou ainda à Apple para “implementar todos os meios à disposição para corrigir rapidamente” o problema nos telemóveis já vendidos do referido modelo, caso contrário, irá responsabilizar a empresa norte-americana pela retoma dos mesmos.
Segundo explicou a ANFR através de comunicado, em causa está a excessiva potência das ondas eletromagnéticas emitidas pelo iPhone 12. Os chamados testes de absorção de energia (SAR, na sigla inglesa), que medem a energia transportada por esse campo magnético de radiofrequência que é absorvida pelo corpo humano, detetaram níveis acima dos limites autorizados pela legislação da União Europeia.
Se os valores estão conforme a regulamentação quando o telemóvel se encontra afastado do corpo – dentro de uma mala, por exemplo -, o mesmo não se verifica quando está em contacto com a mão ou no bolso das calças. Foi esta última medição que levou à decisão de proibir a venda em território francês, enquanto a Apple não corrigir a situação. A ANFR adianta que vai monitorizar a resposta da gigante norte-americana, a quem deu 15 dias para apresentar uma solução de acordo com a legislação.
Jean-Noël Barrot, ministro com a pasta da transição digital, disse esta quarta-feira à cadeia France Info que esteve em contacto com a Apple e que acredita que a empresa vai resolver a questão no prazo de duas semanas. Uma atualização do software pode bastar para “voltar tudo ao normal”.
Por enquanto, a Apple limitou-se a afirmar à agência France-Presse que o iPhone 12 cumpre todos os requisitos legais em matéria de exposição dos utilizadores a ondas eletromagnéticas.