Com o consórcio Alstom-Domingos Teixeira da Silva (DST) na pole position à entrada para a reta final do concurso público para o maior contrato na história da CP (a compra de 117 comboios pelo preço máximo de €819 milhões), comenta-se que influência poderá ter, para o provável desfecho, a relação que mantêm antigos e atuais dirigentes da ferroviária com a multinacional francesa. A discussão, nos bastidores deste meganegócio, parece acompanhar os termómetros do verão (e arrastar-se por vários meses).
No epicentro da polémica está a Nomad Tech, uma joint venture no setor das tecnologias de comunicação, que, em 2013, juntou a EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) e a Nomad Digital num projeto lançado pelo governo PSD/CDS de Pedro Passos Coelho, quando a tutela da CP/EMEF estava nas mãos de António Pires de Lima e Sérgio Monteiro. Passada uma década, os caminhos que se cruzam nos corredores e gabinetes desta empresa dão que falar.