Provavelmente já ouviu várias história sobre como existem locais da sua cozinha que são um viveiro de germes e bactérias. A tampa do caixote do lixo pode ser um exemplo, assim como o esfregão da loiça. Mas, segundo um estudo encomendado pelo Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, é a prateleira dos temperos/especiarias que pode ser a fonte de doenças.
Estima-se que um em cada cinco casos de doenças transmitidas por alimentos seja adquirido em casa, o que faz com que seja necessário entender como os germes se espalham pela cozinha, enquanto se prepara uma refeição. Foi esse o ponto de partida dos investigadores: examinar a contaminação cruzada pedindo aos participantes que cozinhassem um hambúrguer de peru e uma salada.
A contaminação cruzada acontece quando existe uma transferência de contaminantes biológicos, como microrganismos, entre alimentos, superfícies e materiais de produção. Os investigadores perceberam assim que, enquanto outras superfícies mostraram evidências de contaminação em menos de 20% das vezes, os recipientes de especiarias foram contaminados de forma substancial.
Como o descobriram? O peru continha um “organismo de rastreio” chamado MS2 para que os especialistas pudessem acompanhar a contaminação cruzada. Em análise estiveram superfícies como facas, tábuas de cortar, torneiras e esponjas. Destes elementos, apenas um quinto testou positivo para o MS2. Já 48% dos recipientes de especiarias estavam contaminados com MS2, o que gerou surpresa.
Os participantes não foram informados de que seria analisada a sua rotina de higiene e segurança alimentar enquanto preparavam a refeição.
A maioria dos outros estudos, como afirma o co-autor Donald Schaffner, professor do departamento de ciência alimentar da Rutgers University, resume a sua investigação às tábuas de cortar e torneiras, negligenciando outros elementos como frascos de temperos e utensílios. O especialista deixa assim o alerta para que se limpem estes recipientes com regularidade.
Por ordem, pontos menos higiénicos da cozinha são, então, os recipientes para temperos, a tábua de cortar e a tampa do caixote do lixo. Neste estudo, o local com a menor contaminação cruzada foi o manípulo da torneira.