É hora de almoçar. Estamos a chegar a uma mesa, cheios de vontade de responder à sensação de fome que o cérebro teima em enviar para o estômago. As cadeiras enchem-se de pessoas que vão dedicar-se à nobre tarefa de se alimentar. Uns cumprirão à risca as normas de bem comer, saboreando os produtos da estação cozinhados a preceito; outros limitar-se-ão a saciar o apetite, num ritual ameno, cumprido sem paixão, por entre demasiados fritos e demais pecados capitais.
E ainda há quem nem se lembre de que está na hora do almoço, passando por cima do prazer da refeição.