Já é considerado um avanço histórico: em Espanha, as mulheres que sofrem de fortes dores menstruais vão poder ter até três dias de folga por mês. Esta medida resulta de um pacote de reformas que deve ser aprovado pelo governo de Espanha na próxima semana e será implementada pela primeira vez na Europa. Na Ásia, em países como o Japão, a Coreia do Sul e Taiwan, já se dá a oportunidade às mulheres de tirarem estes dias.
A secretária de Estado do país para a Igualdade, Ángela Rodriguez, explicou ao jornal El Periodico a razão para esta decisão: “Quando o problema não pode ser resolvido clinicamente, acreditamos que é muito sensato que haja [o direito a] uma incapacidade temporária associada a esse problema.”
A nova proposta, divulgada pela emissora de rádio Cadena Ser, prevêem que, entre outras medidas, as escolas forneçam produtos higiénicos para as mulheres que precisam deles. “Os direitos relacionados com a saúde menstrual nunca foram discutidos e os dados são assustadores”, afirma Rodríguez. “Uma em cada quatro mulheres não pode escolher os produtos de higiene feminina que deseja comprar por questões financeiras. Por isso, propomos que possam ser dispensados gratuitamente em centros educativos e sociais.”
O projeto de lei também garante financiamento público para contracetivos hormonais e pílula do dia seguinte, assim como distribuição gratuita como parte de campanhas de educação sexual, informaram os media espanhóis.