Fátima Viveiros, que falava no ‘briefing’ diário nas Velas, na ilha de São Jorge, adiantou ainda que, desde o início da crise, em 19 de março, registaram-se 244 sismos sentidos pela população.
Na segunda-feira registaram-se 78 eventos, três dos quais sentidos, enquanto desde as 00:00 e até às 10:00 de hoje registaram-se 44 sismos.
De acordo com Fátima Viveiros, registou-se um “ligeiro acréscimo em relação aos dias anteriores”, que é “normal e típico deste tipo de crise sismovulcânica”.
“Estamos com essas flutuações, há momentos em que temos uma frequência inferior e as magnitudes também inferiores”, declarou a especialista do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), salvaguardando que, “comparando com os dias iniciais, está-se claramente com uma tendência decrescente”.
A responsável reiterou ainda que “todos os cenários estão em aberto”, sendo que neste tipo de crise “até pode haver um pico de maior energia em que se tenha um sismo de maior magnitude”.
A ilha mantém o nível de alerta V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa “estado de repouso” e V6 “erupção em curso”.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
O sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56 (22:56 em Lisboa).
JME // VAM