A nova variante Ómicron do SARS-CoV-2 é mais transmissível do que as anteriores. O grande número de mutações que tem na proteína spike, a “chave” para a entrada nas células humanas, parece, também, estar a alterar os sintomas provocados. Os dados, que ainda são preliminares, indicam que produz sintomas um pouco diferentes. Mais leves e que podem ser confundidos com uma vulgar constipação. Têm sido reportados, sobretudo, espirros, pingo no nariz, dor de garganta, dor de cabeça e cansaço. Foram estes os cinco mais comuns referidos através da plataforma ZOE, uma app de monitorização de casos de Covid-19 em Londres, onde a Ómicron rapidamente se tornou dominante.
Num outro estudo, vários cientistas analisaram um caso de contaminação comunitária em Oslo, na Noruega, e tendem a pensar que a perda de olfato e de paladar poderá ser menos dominante na Ómicron. Nesta investigação estiveram envolvidas 117 pessoas que participaram num jantar de Natal no fim de novembro. Estavam todas vacinadas e com teste antigénio feito um dia ou dois antes. No grupo encontrava-se uma pessoa acabada de regressar da África do Sul, país onde se detetou pela primeira vez a Ómicron. Dos infetados pelo viajante (74% dos presentes) com a nova variante, apenas 12% perderam o olfato. Os sintomas mais frequentes foram tosse (83%), nariz a pingar (78%), cansaço (74%), dores de garganta (72%) e dor de cabeça (68%).