São duas da tarde de sexta feira e o Sol já cruzou o ponto mais alto da esfera celeste. Quem sabe se viu Deus. Na Terra, um novo vírus ceifa milhões de vidas, todos os dias, indiferente ao movimento dos astros ou à existência daquele a quem milhões entregam preces confinadas, afastados das casas que construíram para o adorar.
Virado para Meca, Akhtar Hussein, segundo imã da Mesquita Central de Lisboa, faz o chamamento à oração, mas, em tempo de pandemia, apenas o imã Xeque David Munir e os dois porteiros da mesquita acorrem presencialmente. A voz de Akhtar ergue-se em direção aos céus, ecoa nas paredes cobertas de azulejos e aterra sobre centenas de tapetes vazios que, a esta hora, costumavam receber mais de mil fiéis para a oração do dia da semana mais importante para os muçulmanos.
A seu lado, o púlpito de madeira trabalhada, a partir do qual seria feito o sermão das sextas feiras, permanece vazio, esperando o regresso à normalidade, tal como milhares de muçulmanos que, na intimidade das suas casas, podem só imaginar o que se passa na mesquita, já que a oração não é transmitida digitalmente. “Uma das condições para fazer qualquer oração é que a pessoa tem de estar atrás do líder e isso é impossível de saber quando se está noutro sítio, a ver num computador”, explica o xeque Munir, confessando que pedir aos fiéis que façam a oração de sexta feira em casa, apenas com as suas famílias, “tem sido algo muito violento”.
É o caso de Tarike Essuf, 13 anos, que, com o confinamento, deixou de poder ir à mesquita do Laranjeiro cinco vezes por dia, limitando-se agora a subir um andar, no prédio onde vive, para rezar na companhia do avô. Para o adolescente, o mês do Ramadão, entre abril e maio do ano passado, foi especialmente atípico, sem poder ir à mesquita orar e participar no Iftar comunitário, a refeição ingerida durante a noite, com a qual se quebra o jejum diário praticado pelos muçulmanos neste mês.

De portas fechadas, mas coração aberto
“Enquanto mulher, sempre rezei em casa, mas nunca tinha visto um Ramadão assim em toda a minha vida, sem o reboliço em torno da mesquita nem o Iftar comunitário para o qual costumava contribuir com alguns pratos”, conta Samim Essuf, 42 anos, mãe de Tarike. Para Samim, o facto de, recentemente, o número de mortos do boletim epidemiológico da DGS ter começado a ganhar rostos concretos levou-a a “agarrar-se cada vez mais à fé e à oração”, até porque encontrou no confinamento um tempo propício para tal.
O isolamento, longe de abalar a fé desta mulher, deu-lhe a oportunidade de pôr em prática “um dos pilares do Islam, a caridade”. Se, em março, a família Essuf era composta por Samim e os filhos, Tarik e Shabina, hoje, apadrinhou mais 70 pessoas, muçulmanas e não, a passar dificuldades, devido à pandemia. “Mais do que nunca, ganhei uma oportunidade de ajudar o próximo”, conta Samim. Do ateliê, de onde outrora saíam bolos decorados e refeições confecionadas, saem agora Refeições Solidárias, num projeto que se move à força de Fé e boa vontade.
O confinamento permitiu-me pôr em prática um dos pilares do Islam, a caridade
Samim Essuf, muçulmana
“Tentamos transmitir às pessoas que é importante ajudar quem precisa, tentar fazer o melhor que podem e retribuir o bem pelo mal que lhes tenha sido feito”, conta o Xeque Munir, sublinhando, “para o Além, levamos apenas as nossas ações”.
Sentado na sala onde costumava celebrar casamentos, dar aulas de religião e dinamizar palestras, agora tão deserta quanto a mesquita, David Munir revela que ainda não sabe exatamente em que dia reabrirá a mesquita, mas assegura que a travessia de um tempo de deserto como este faz-se com o indispensável, a crença. “É algo que ajuda imenso, porque, não só acalma, como dá a esperança tão necessária neste momento”.
O conforto de rezar em comunidade
“Tem sido uma travessia longa, mas também é verdade que o povo de Deus vagueou quarenta anos no deserto”, comenta Isaac Assor, Hazan da Sinagoga de Lisboa, o cantor treinado dentro do judaísmo para guiar a recitação das orações nas sinagogas. Desde janeiro, e até as portas da Sinagoga de Lisboa reabrirem, a 19 de março, a mesa da sala de jantar de casa passou a ser o local onde reza e onde se encontra virtualmente com outros membros da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL).
Sócio de um operador turístico, Isaac confessa que, desde março de 2020, quase não há trabalho. Com o tempo que ganhou, passou a rezar mais. “Se costumava fazer uma oração de cinco minutos, antes de sair de casa, agora demoro uma hora, vou quase ao pormenor. Para mim foi um regressar às raízes da minha religião, um período de grande introspeção e aprendizagem que ajudou muito”.
Se costumava fazer uma oração de cinco minutos, antes de sair de casa, agora demoro uma hora, vou quase ao pormenor
isaac assor, judeu
Ainda assim, o confinamento, o cansaço e o confronto com o silêncio esmagador, que cobriu, como um manto, as ruas do bairro Lisboeta onde Isaac vive, levaram-no a questionar várias vezes: “Será que Deus nos está a dizer ‘parem, não façam mais nada, agora é que estou a mandar mesmo nisto’?”
As dúvidas dissipam-se com o aproximar do pôr do sol de sexta feira, altura em que Isaac se junta a Henrique, Marcel, Samuel, Durval, Allan, Ana e Debbie para celebrar a pré-entrada no Shabat. Cada um em sua casa, vão entrando na reunião de Zoom que, semanalmente, tem substituído os bancos da Sinagoga e os abraços à entrada. Conversas, comentários e novidades voam de quadrado em quadrado, enquanto o rabino Ruben Suiza avisa que irá dar início à oração.

Desde que têm de celebrar o Cabalat Shabat, ou entrada no sábado, recorrendo a tecnologia, os judeus da CIL “e de muitas outras comunidades em todo o mundo”, assegura Isaac, viram-se obrigados a fazê-lo duas horas mais cedo do que o habitual, uma vez que, segundo as 39 proibições da lei do Shabat, mal o Sol se ponha e comecem as cerca de 25 horas que dura o dia da semana dedicado ao descanso e oração, a tecnologia não pode ser usada.
“O Senhor dá força ao seu povo; o Senhor dá a seu povo a bênção da paz”. Entrecortados apenas pelas falhas da transmissão, os versos do Salmo 29 ressoam na sala digital, cantados por Isaac e pelo rabino Suiza. No canto superior esquerdo do ecrã, Henrique Ettner, vice-presidente da CIL, junta-se ao canto com a entrega de quem sente falta “de ter a Sinagoga aberta” e as saudades “de ir lá todas as sextas à noite e sábados de manhã para os serviços de Shabat”.
É a cerimónia possível, mais cedo, mais curta e sem algumas orações, mas, ainda assim, “um aconchego moral e espiritual” para todos, nas palavras de Isaac. O Shabat propriamente dito terá de ser celebrado sem que as portas da Sinagoga ou as janelas de Zoom se abram, na manhã do dia seguinte. “Mais do que um edifício, ou uma Sinagoga, o essencial é ter inspiração e um livro de orações”, afirma o rabino Suiza que, no entanto, tem saudades de poder entrar “na casa de Deus” e da dimensão social da ida à sinagoga, muito importante no culto judaico. “As pessoas criam relações e vínculos emocionais próprios da natureza humana. Vivemos em comunidade é natural que assim seja e, neste momento, é algo que nos faz muita falta”, afirma.
A opinião do rabino é partilhada por Hugo Gonçalves, pároco da Paróquia do Campo Grande, em Lisboa. Por esta razão, as missas semanais e dominicais da paróquia são sempre transmitidas a partir da Igreja, decorada com flores, e acompanhadas por cânticos, “com o mesmo cuidado que poríamos se as pessoas estivessem aqui, sobretudo porque, num ecrã, estão ainda mais a atentas a pequenos pormenores”, explica Hugo Gonçalves, para quem “a beleza e o cuidado também evangelizam”.
Também António Calaim, presidente da Aliança Evangélica Portuguesa, recorda com saudade os domingos em que a sala de culto da Igreja Evangélica de Sintra, em Vila Verde, se enchia com a música dos instrumentos musicais, que agora repousam a um canto, e as preces dos fiéis, que passaram a juntar-se ao culto através do Youtube. Juntamente com a mulher e os filhos, assegura que a celebração, que conta ainda com preces, leituras e cânticos transmitidos a partir das casas de alguns membros da comunidade, chegue à casa de todos.
Pandemia e Liturgia – relação impossível?
O sentido de pertença e a necessidade da vivência comunitária da fé é transversal às várias religiões. Sacerdotes, rabinos e imãs têm recorrido à criatividade para, sem comprometer a liturgia, aproximar os fiéis entre si e de Deus. “É importante que as pessoas se sintam envolvidas e, por isso, encorajamos cada um a tentar aproximar não só o ambiente de casa, como a postura corporal, à celebração na igreja”, sublinha o Padre Hugo Gonçalves.
A partir da Igreja do Campo Grande, Hugo Gonçalves celebra a Eucaristia de olhos postos na câmara, “sem ver os rostos das pessoas da comunidade, que tanta falta fazem”, num cenário que considera ter algo de “artificial”, já que em vez dos habituais 600 participantes, tem defronte a si uma igreja repleta de filas e filas de bancos vazios. “A Liturgia deve ser um encontro de pessoas que querem estar unidas a Deus na sua oração”, defende o sacerdote, explicando que, tal união, acabou por começar a fazer-se cada vez mais presente no conceito de igreja familiar.

Sentados na sala de estar, a um bairro de distância da Igreja do Campo Grande, Maria João e Gonçalo Botelho de Sousa, 52 e 54 anos, acompanhados do filho Manuel, de 21, testemunham as famosas palavras de Cristo – “quando estiverem dois ou três reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” – ao exclamar, antes de o padre Hugo ler o Evangelho, de forma convicta e em coro: “Ele está no meio de nós”.
Junto do ecrã da televisão, em torno de uma cruz de madeira decorada com flores, brilham quatro velas e está colocada uma imagem de Nossa Senhora. “Tentamos criar um ambiente que nos aproxime e nos faça sentir mais dentro da celebração e da igreja”, conta Maria João, admitindo, no entanto, que o “esforço para manter a chama viva, apesar da distância”, não invalida que a vivência comunitária e de fé não acabe por ser diferente.
Maria João, Gonçalo e Manuel são ainda três dos milhares de católicos que, este ano, não se dirigiram ao Santuário de Fátima. Ao longo de quase três meses sem peregrinos, Fátima celebrou a Quaresma, a Semana Santa e a Páscoa sem a presença de fiéis e com quebras de 49,15% nos donativos. À semelhança de muitas famílias, na semana em que deveriam estar a peregrinar com a paróquia do Campo Grande, em direção à Cova de Iria, os Botelho de Sousa seguiram uma “peregrinação digital”, com propostas de oração individual, missa diária e momentos de partilha, em torno de uma zona de oração que a família criou de propósito para o efeito, com uma imagem de Nossa Senhora e um terço.

Para os católicos, no entanto, a maior dificuldade tem sido a privação da comunhão sacramental do corpo de Cristo feito vivo na hóstia consagrada. D. José Cordeiro, Bispo de Bragança-Miranda e responsável pelo setor da Liturgia na Conferência Episcopal Portuguesa, sublinha que a Igreja “recomenda vivamente a participação mais perfeita na missa pela qual os fiéis, depois da comunhão do sacerdote, recebam o Corpo do Senhor consagrado no mesmo sacrifício”. Perante a impossibilidade de comungar sacramentalmente, o Papa Francisco tem recordado várias vezes os fiéis da comunhão espiritual, na qual, através de uma oração, exprime-se o desejo de acolher Jesus Cristo, pelo menos, espiritualmente.
Apesar de reconhecer a importância da celebração comunitária, “como lugar por excelência da perceção da presença do Ressuscitado”, D. Manuel Clemente, Cardeal Patriarca de Lisboa, refere que, num contexto de pandemia, em que os contactos facilmente degeneram em contágios, comunga-se mais da atitude de Cristo, “que se identificou com os mais frágeis e sofredores”, pela abstenção do que pela realização normal das celebrações. “Crescemos em convicção e assim garantimos o reencontro mais à frente”, assegura o Patriarca.
Encorajamos cada um a tentar aproximar não só o ambiente de casa, como a postura corporal, à celebração na igreja
hugo gonçalves – pároco da paróquia do campo grande
Já os judeus, enfrentaram, a 25 de fevereiro, o desafio de conciliar o confinamento com a celebração do Purim, festa judaica que comemora a salvação do povo judeu, na antiga Pérsia, do plano de Haman “para destruir, matar e aniquilar todos os judeus, jovens e velhos, crianças e mulheres, num único dia”. “Nesse dia, é suposto o Hazan ler a história do Livro de Ester, a qual tem de ser ouvida pelos fiéis diretamente da sua boca e não através de um altifalante ou de um telefone”, explica o rabino Suiza. A CIL acabou por ler os textos por Zoom no dia 25 à noite no dia 26.
Online veio para ficar
As questões litúrgicas, que podem desmotivar os líderes religiosos a manter o culto online num futuro longínquo, parecem poder ser, por agora, adaptadas, dentro do possível, em prol de um bem maior. Se a distância de segurança, as máscaras e as indicações para evitar ajuntamentos reduziram drasticamente a dimensão social do culto, a alternativa online, ainda que não seja a ideal e tenha muitas limitações, parece ter chegado para ficar, enquanto o vírus não decidir ir definitivamente embora.

“Apesar de a Liturgia alimentar a alma, não podemos fazer sair de casa pessoas de risco, sendo a solução digital uma lufada de ar fresco”, defende Isaac Assor que, no ano passado, celebrou o Seder, jantar da Páscoa Judaica, na companhia virtual da mãe. “Em vez de deixar uma pessoa de 90 anos sozinha em casa, achei melhor por-lhe um computador à frente e deixá-la ver os filhos e netos relatarem a história da saída do povo de Israel do Egito”, afirma, revelando que esta pandemia trouxe muitas coisas à discussão, “relativamente ao que se deve e não deve fazer”.
De facto, no ano passado, o rabino Eliyahu Abergel, chefe do Tribunal Rabínico de Jerusalém durante 10 anos, juntamente com outros rabinos sefarditas ortodoxos, deu permissão, sob regras específicas, para que os judeus usassem o serviço de videoconferência Zoom no Seder da Páscoa, de modo que as famílias separadas pela pandemia se pudessem encontrar naquele que é um dos pontos altos do calendário judaico.
Mesmo nos meses em que o ritmo da pandemia pareceu dar trégua e os fiéis puderam dirigir-se aos locais de culto, tanto a Sinagoga de Lisboa como a Igreja do Campo Grande mantiveram a transmissão online, em prol de todas as pessoas de risco que ainda não deveriam sair de casa. “Isso não fez com que as pessoas que podiam vir não viessem”, revela o padre Hugo Gonçalves, assegurando que, nas celebrações presenciais, estarão sempre ativas equipas de voluntários que contam o número de pessoas, desinfetam as mãos a quem entra e indicam os lugares, com toda a segurança.
Também na sinagoga, a oração da manhã de sábado, enquanto pode ser celebrada presencialmente, sofreu algumas alterações. “Os fieis que se encontram junto da passagem dos rolos da Torá, no trajeto que estes fazem entre o local onde estão guardados e o púlpito onde são lidos, devem beijá-los, por conterem o nome de Deus, e deixamos de fazer isso”, conta Isaac.
Quanto ao possível abandono do culto presencial, em detrimento da visualização online, D. Manuel Clemente não acredita que o confinamento faça diminuir o regresso dos fiéis às celebrações presenciais, logo que possam acontecer. “Bem pelo contrário, o que me chega frequentemente é a vontade de muitos em retomá-las e até a redescoberta de como são importantes e essenciais”.
Como dizia Pedro Arrupe, não se pode responder aos problemas de hoje com as soluções de ontem
manuel botelho de sousa, católico
Paralelamente às celebrações religiosas, as alternativas digitais permitiram manter ativas muitas das atividades dinamizadas pelas comunidades das diferentes religiões. Manuel Botelho de Sousa, por exemplo, passou a conduzir as reuniões dos grupos de jovens do Campo Grande, dos quais é animador, através do Zoom. Não será fácil cativar adolescentes para estarem mais horas do que aquelas impostas pela escola numa sala virtual, mas o jovem recorda as palavras do sacerdote jesuíta Pedro Arrupe, que afirmava, “não se pode responder aos problemas de hoje com as soluções de ontem” e considera que, neste sentido, “a Igreja Católica tem feito um grande trabalho em termos de acompanhamento dos fiéis, apesar de estes estarem mais longe”.
Graças ao Zoom, também a Mesquita Central de Lisboa conseguiu manter as aulas de religião para rapazes e raparigas, conferências e palestras, a sinagoga dinamiza sessões de duas horas semanais de estudo da Palavra de Deus e a Igreja Evangélica de Sintra assegura a escola dominical a adultos e crianças.
Castigo de Deus?
“Tudo o que está a acontecer fez-nos refletir sobre aquilo que somos, o que fizemos e o que pretendemos fazer. É um teste à nossa persistência”, afirma o Xeque Munir. De acordo com o Islão, o ser humano é a melhor criatura que Deus criou, mas, nas palavras do imã, “nos dias de hoje, desafiámos demasiado o divino”.
Tudo o que está a acontecer fez-nos refletir sobre aquilo que somos, o que fizemos e o que pretendemos fazer
xeque david munir – imã da mesquita central de lisboa
Para o rabino Suiza, Deus “é a essência do amor e nosso pai, não castiga sem razão, mas com o intuito de ensinar algo”. Ruben Suiza defende que vírus e bactérias fazem parte da criação e “se não tivermos cuidado, eles propagam-se” e vê a pandemia como “uma oportunidade de mostrar o verdadeiro espírito da humanidade, em termos de amor e capacidade de olharmos uns pelos outros”.
Também o padre Hugo Gonçalves afasta a ideia de um Deus castigador, olhando a longa travessia que a humanidade enfrenta, em direção ao fim da pandemia, como um lugar onde buscar sinais de esperança. “Estamos a atravessar um deserto que pode ter coisas positivas escondidas. Como dizia Saint Exuperry, o bonito do deserto é que existe sempre um poço escondido em qualquer parte”.
Neste tempo de incertezas, em que fiéis do mundo inteiro se viram privados do lado mais humano da religião, cunhado nos abraços e na leveza espiritual, surgiu uma unidade, provavelmente sem precedentes, nas preces que todos dirigem ao Céu, pedindo sabedoria para quem decide, saúde para os doentes e agradecendo, sem exceção, o trabalho de quem combate o vírus na linha da frente.
Deus é a essência do amor e nosso pai, não castiga sem razão, mas com o intuito de ensinar algo
ruben suiza – rabino na sinagoga de lisboa