A Lenstore, uma cadeia de lojas britânica especializada em lentes de contacto, lançou uma plataforma online interativa onde é possível ver imagens a 360 graus de importantes pontos turísticos mundiais, mas com uma particularidade: São imagens modificadas que nos mostram como é que as pessoas com problemas de visão vêem estes sítios.
Assim, conseguimos ver os prédios de Hong Kong completamente desfocados, como quem tem cataratas, ou então podemos “ver” Sydney escurecida pela cegueira noturna e a Catedral de Notre-Dame com as manchas características da degenerescência macular.
“É ótimo aumentar a consciencialização sobre algumas das doenças oculares mais comuns do mundo, e criar uma ferramenta visual e interativa para que as pessoas possam realmente experimentar como é ver o mundo de outra perspetiva”, justifica Roshni Patel da Lenstore.
Ao todo são sete doenças e sete destinos diferentes: Paris, Veneza, Sydney, Londres, Nova Iorque, Dubai e Hong Kong.
Cataratas
A catarata corresponde a uma opacificação do cristalino – uma das estruturas do olho responsável pela focagem das imagens – causando uma diminuição da visão. Quando isto acontece, a luz passa com maior dificuldade e a visão diminui. A maioria das cataratas são provocadas pela idade pois correspondem a um processo degenerativo. Esta doença continua a ser uma das principais causas de cegueira curável no mundo. Em Portugal, estima-se que cerca de 170 mil pessoas sofram desta doença.


Glaucoma
De um modo geral, os fluidos dentro do olho acumulam-se criando pressão sobre as células nervosas que são a base da visão. Quando a família tem historial de glaucoma, miopia, hipertensão arterial e diabetes, as probabilidades de ter esta doença aumentam. A idade também é um fator que contribui para o aparecimento de glaucoma. É, também, uma das principais causas de cegueira nos adultos no mundo ocidental.


Hemovítreo (moscas volantes)
O hemovítreo corresponde à presença de sangue dentro do olho, mais precisamente no humor do vítreo. O vítreo é uma substância gelatinosa e transparente, situada atrás do olho, entre o cristalino e a retina. A presença de sangue faz com que perda transparência e, consequentemente, a visão.


Daltonismo
Um artigo de 2019 feito pela VISÃO mostra como esta é uma condição que se traduz num problema da paleta cromática que faz com que a grande maioria de quem a tem não consiga distinguir o vermelho do verde, havendo também quem veja o mundo a preto e branco, ainda que seja raro.


Visão Túnel
Consiste numa deterioração, que pode ser total, da visão periférica. A visão em túnel pode surgir como resultado de danos à retina e ao nervo ótico. Quando os níveis de adrenalina sobem, a visão túnel pode aparecer temporariamente.


Cegueira Noturna
A cegueira noturna acontece quando os olhos não se conseguem adaptar a condições de pouca luz. Isto normalmente tem impacto na vida noturna, quer a pessoa esteja na rua ou em casa. Normalmente o dia não é afetado. Embora possa ocorrer como sintoma de uma série de doenças oculares, a causa mais comum é uma doença genética chamada retinose pigmentar, na qual os bastonetes da retina perdem a capacidade que tinham de captar luz. Uma dieta onde haja carência de vitamina A pode estar na origem deste problema.


Degenerescência macular
Nesta doença a visão periférica não se perde, porque o que é afetado é área central da retina (mácula), o que leva a uma diminuição acentuada e irreversível da visão central. Normalmente, só aparece depois dos 55 anos e é progressiva, podendo levar à cegueira.

