Logo que tomou conhecimento das medidas do estado de emergência, que ordenavam o encerramento da restauração a partir das 13 horas de sábado e domingo, nos próximos dois fins de semana, dias 14 e 15, 21 e 22, que Luísa Salgueiro, a autarca de Matosinhos, não descansou: “Percebemos que um dos setores mais prejudicados seria o nosso cartão de visita e teríamos de pensar em medidas que ajudassem a mitigar o prejuízo.”
Sabendo que muitas das dezenas de restaurantes da cidade – onde se concentra o maior número de grelhas de peixe do País -, não têm por hábito aderir às plataformas de entrega de comida, a Câmara Municipal de Matosinhos decidiu custear este serviço que será feito através das 75 viaturas da Cooperativa de Táxis de Matosinhos. “No fundo, estamos a ajudar a restauração e também os táxis que não têm tido trabalho”, sublinha a autarca socialista.
Para aderir a este serviço, “sem custos para a restauração, nem para os consumidores”, o cliente só terá de fazer a encomenda da refeição diretamente num dos restaurantes do concelho de Matosinhos (custo mínimo €5). Os táxis encarregar-se-ão, depois, de levar as refeições num raio de distância que abrangerá não só as 10 freguesias de todo o concelho (de S. Mamede de Infesta até Perafita ), mas também as 54 freguesias que abrangem os concelhos do Porto, Gondomar, Maia, Vila Nova de Gaia e Vila do Conde.
“O nosso objetivo é, por um lado, continuar a fidelizar os clientes que estão habituados aos nossos restaurantes, por outro, ajudar as pessoas que estão em casa em confinamento e, ao mesmo tempo, estimular a economia dos nossos restaurantes e do serviço de táxis”, acrescenta Luísa Salgueiro. Os custos deste modelo municipal de entrega ao domicílio, organizado em parceria entre a Associação dos Restaurantes de Matosinhos, a APHORT (Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo), e a PRO.VAR (Associação Nacional de Restaurantes), serão totalmente suportados pela autarquia.