As pessoas daltónicas não conseguem identificar uma ou mais cores. Um daltónico não vê o mundo com a mesma paleta cromática de alguém com visão normal. “Esta condição resulta de um deficiente funcionamento ou ausência das células que, na retina, são responsáveis pela deteção da cor: os cones. Dentro destes, existem cones especializados em detetar o verde, o vermelho e o azul” – cores primárias com as quais se fazem todas as outras –, explica o oftalmologista Luís Gouveia de Andrade.
Assim, em função do cone afetado, o impacto na visão cromática irá variar. Muitos daltónicos não distinguem o vermelho do verde. Outros não conseguem ver a cor azul ou o amarelo. Mais raros são os que veem o mundo a preto e branco ou não distinguem qualquer cor, tendo apenas uma visão gradeada de cinzento.
Estima-se que em Portugal existem 500 mil homens afetados por esta condição.
Será que é daltónico? Faça o teste!
Um dos métodos de deteção do daltonismo mais conhecidos é o teste de Ishihara. Criado pelo oftalmologista japonês Shinobu Ishihara, em 1917, este teste consiste na exibição de uma série de cartões em que uma figura – normalmente um algarismo – é desenhada através de pontos de cores diferentes. As imagens são perfeitamente identificadas por uma pessoa com visão normal, no entanto, um daltónico terá dificuldade em visualizá-las.