Há anos que, ciclicamente, as redes sociais são inundadas com comentários de utilizares que acreditamue a NASA foi a responsável por adicionar um 13º signo aos 12 já existentes, apesar de a agência espacial já o ter desmentido várias vezes. Agora, teve de o fazer novamente, através de uma publicação na sua página do Tumblr.
Apesar de a publicação já ter sido partilhada em 2016, altura em que os rumores acerca da existência de um 13º signo começaram, a NASA voltou, agora, a partilhar o aviso após o ressurgimento do debate. Na publicação, a agência espacial explica que, de acordo com os antigos Babilónios, a Ophiuchus é apenas uma das constelações do zodíaco. A civilização da Babilónia, uma das responsáveis pela criação dos signos do zodíaco, deixou de fora a Ophiuchus porque se limitou a seguir a ordem dos 12 meses do calendário e a atribuir uma constelação (ou signos do zodíaco) a cada mês.
A NASA apresenta, ainda, um exemplo para clarificar o que é uma constelação. “Uma constelação é um grupo de estrelas que funciona como um quebra-cabeças que liga um ponto ao outro. Se juntarmos os pontos – as estrelas – e usarmos a nossa imaginação, a figura será parecida a um objeto, animal ou pessoa”. Exemplificando, “a Orion corresponde a um grupo de estrelas que os gregos pensaram assemelhar-se a um a um caçador gigante com uma espada presa ao cinto”. Assim, as estrelas apenas formam um bonito padrão no céu, e isso não quer dizer que estejam, de algum modo, relacionadas.
Uma outra questão para a qual a agência espacial dos EUA pretende alertar é que ela não é responsável pelo estudo da astrologia, sendo este um campo diferente da astronomia. Na publicação, a NASA esclarece que “a astronomia é o estudo científico de tudo aquilo que existe no espaço”, e os cientistas acreditam que as estrelas não têm qualquer tipo de efeito nas atividades dos humanos na Terra. Já a astrologia “diz respeito à crença de que a posição das estrelas e dos planetas podem influenciar a atividade humana”.
Apesar de a NASA não ter nada a ver com a formação do calendário astrológico, ela tem vindo a observar de que forma a posição das constelações se tem alterado desde que os Babilónios estabeleceram quais os signos do zodíaco há cerca de 3 mil anos. A explicação continua e a agência diz que “as constelações têm diferentes formas e tamanhos e, então, o Sol não permanece o mesmo período de tempo em todas elas. A linha da Terra através do Sol aponta para Virgem por 45 dias, mas aponta para Escorpião por apenas 7 dias”, exemplifica. Assim, para os 12 meses do ano baterem certo com os 12 signos do zodíaco, os Babilónios “ignoraram o facto de que o Sol, realmente, se move através de 13 constelações”, e não 12.
Resumindo, o número de signos do zodíaco permanece inalterável (continuam a ser 12), mas existem 13 constelações que o Sol atravessa a cada ano: Carneiro, Touro, Gémeos, Caranguejo, Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Ophiuchus, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.